20 de abril de 2024 01:50

Berço da liberdade: Lafaiete comemora 175 anos quando a Câmara aderiu ao Movimento Revolucionário Liberal de 1842

Hoje, dia 14, comemora-se 175 anos do ato em que Câmara de Queluz, hoje Conselheiro Lafaiete, aderiu ao Movimento de 1842 (Revolução Liberal ou Revolta dos Liberais) que havia eclodido em Minas na cidade de Barbacena em 10 de junho de 1842. A data marca a resistência dos liberais de Queluz que não aceitaram as imposições do Gabinete de D.Pedro II comandados pelo Partido Conservador que aprovaram leis retrógradas que tiravam autonomias das Províncias, conquista que os liberais não aceitavam em acabar. O Movimento de 1842 é uma das mais belas páginas da história do Brasil e da qual Lafaiete (Queluz) foi protagonista.

O professor João Vicente fez pronunciamento na Tribuna Popular da Câmara de Lafaiete relembrando o ato heroico da antiga Câmara de Queluz que aderiu ao Movimento Revolucionário de 1842/Reprodução

A data é cercada de simbolismo quando se destaca o heroísmo dos vereadores de Conselheiro Lafaiete, então Queluz, em vigília na Câmara e assinaram um ofício no dia 14 de junho de 1842 reconhecendo  o  presidente interino dos revoltosos, José Feliciano Pinto Coelho Cunha(Barão de Cocais).No seu livro sobre o Movimento de 1842 , Cônego Marinho um dos líderes,escreveu: “Foi Queluz a segunda povoação da Província de Minas que aderiu ao Movimento Liberal”.

O Movimento Revolucionário de 1842 teve duração curta, mas valeu pelo objetivo que nutriam seus idealistas como a liberdade, a renovação e a livre expressão. Mas à época, os conservadores aplicaram um golpe de Estado com a dissolução da Câmara dos deputados logo após a promulgação da Constituição de 1824. Não restou senão o movimento armado. Os liberais derrotaram as tropas legalistas comandadas por Duque de Caxias no largo da matriz de Nossa Senhora da Conceição na célebre batalha de Queluz. Figuras queluzenses se destacaram e foram detidos após o levante como Padre Francisco Pereira de Assis (tio paterno do Conselheiro Layette Rodrigues Pereira), Padre Gonçalo Ferreira da Fonseca e Cel. Jacó Dornellas.

Artista plástica, Cidinha Dutra, reproduziu a célebre batalha vencida pelos liberais na praça Barão de Queluz/Reprodução

Os liberais não venceram a guerra armada mas, deixaram os ideais ainda vivos. O professor João Vicente esteve na terça feira, dia 12/06, na Câmara usando a Tribuna Popular . Ele discorreu sobre a importância do Movimento de 1842 para a historiografia  regional e local e o papel importante que a Câmara de Queluz  jogou no  episódio. O projeto Memória Viva de Queluz cuja atividade iniciou suas ações em 2011 com a 1ª Mostra Cultural do Movimento revolucionário de 1842.Ele defendeu a criação através de Projeto de Lei Resolução da Câmara da Comenda Capitão Marciano Pereira Brandão, o estrategista da Batalha de Queluz, como também a transformar a Praça Barão de Queluz no primeiro Museu Céu aberto do Brasil do Movimento Revolucionário de 1842.

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