As denúncias de agressão a funcionários e a moradores ao entorno da sede do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, mais conhecido como Centro POP, na rua Barão de Suassuí, por parte de alguns usuários do local, levaram a prefeitura a tomar algumas medidas de segurança, entre as quais a presença diária do efetivo da guarda municipal no local. A triagem dos assistidos passar para aprimoramento e a efetividade dos usuários. A equipe técnica do corpo profissional passou por mudanças e adequações.
A decisão ocorreu diante de ameaças de pessoas que se infiltraram ao meio dos moradores de ruas e apresentam atitudes e comportamentos que colocam em risco a população e prejudicam o trabalho no Centro POP. A equipe técnica também foi trocada visando adequação. As medidas foram tomadas após a reunião ocorrida no último dia 30, quando a problemática de moradores de rua foi discutida entre Judiciário, Ministério Público, Prefeito Municipal e Vice, Secretários do Desenvolvimentos Social, Saúde e Defesa Social, Centro POP, Cap’s AD, Guarda Municipal, Poder Legislativo, Igreja, Polícia Militar, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública. “Queremos buscar uma melhor efetivação das ações ali desenvolvidas”, disse Magna Cupertino, Secretária de Desenvolvimento Social.
Ela relatou que algumas pessoas que se encontram em situação de rua realmente precisam do serviço do Centro POP, “outras pessoas, infelizmente se infiltraram no meio e acabam apresentando atitudes e comportamentos de ameaça para a população, prejudicando o trabalho do Centro POP na efetivação de suas ações”. “As discussões se deram em torno do Centro Pop e sua equipe que precisa trabalhar com segurança, para os usuários que também precisam de seus direitos garantidos e toda a comunidade vizinha e da cidade toda que precisam se sentir seguros e entender a necessidade de trabalhar com aqueles que por algum motivo se encontram morando nas ruas”, assegurou. Levantamento aponta que atualmente são 45 pessoas em situação de rua em Lafaiete. Não podemos excluir ou fazer de conta que são invisíveis. “É necessário conhecer a história de vida de cada um para assim traçarmos um plano de atendimento individual adequado”, comentou Magna.
Ela reconheceu que muitos “escolheram” a rua como sua morada e vão estar sempre mudando de localização. “Tanto que alguns que se encontravam no adro da Matriz Nossa Senhora da Conceição tiveram a presença de seus familiares chamando-os para retornarem para suas casas, porém, os vínculos já estão tão fragilizados que não aceitaram. Preferiram continuar na situação de rua”, assinalou. “Saibam que este é um assunto que já vem de administrações passadas. Não é de rápida e simples execução. Peço que tenham paciência, nos acompanhem e confiem que conseguiremos alcançar bons êxitos”, finalizou Magna Cupertino.