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Fazenda Paraopeba restaurada: reunião da Amalpa abre casarão onde se reuniam os inconfidentes para tramar a movimento libertário

Um monumento dos tempos da Inconfidência Mineira reabre as portas, totalmente restaurado, para valorizar ainda mais a cultura do estado, destacar a história das Gerais e encantar os visitantes. Em solenidade marcada para amanhã cedo, dia 28, será incorporada ao patrimônio de Conselheiro Lafaiete, a Fazenda Paraopeba, casarão que pertenceu ao advogado e poeta Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792) e serviu de local de encontro para os demais conjurados liderados por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792).

A primeira atividade do casarão será a assembleia da Associação dos Municípios do Alto Paraopeba (Amalpa), presidida pelo prefeito do município anfitrião, Mario Marcus Leão Dutra. Na oportunidade, estarão presentes os chefes do Executivo dos municípios que compõem a entidade. A reunião está marcada para começar às 9:00 horas.

O restauro foi graça a assinatura de termo de ajustamento de conduta, assinado em 2012, quando o município desapropriou a fazenda, em ruínas à época, e ao mineradora Ferrous investiu cerca de R$2,5 milhões no restauro do bem do século XVIII, envolvido em uma área remanescente de mata atlântica. A propriedade, a princípio, deve abrigar um centro de referência turística da Estrada Real e da Inconfidência Mineira. A construção é tombada pelo patrimônio municipal.

Fazenda Paraopeba antes e após restauração/Reprodução

Preservação 

Quem passa na MG-383, perto do limite entre Conselheiro Lafaiete e São Braz do Suaçuí, pode ver a beleza do casario de dois andares, chamada por alguns viajantes de Casarão dos Inconfidentes. Em outros tempos, pela situação de ruína, era difícil imaginar que aquelas paredes e demais estruturas fossem testemunhas de tantas histórias de liberdade, de levante dos inconfidentes e indignação contra a coroa portuguesa. Hoje são novos ares nesse prédio que Alvarenga Peixoto recebia, no século 18, amigos, a exemplo dos também poetas Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) e Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), que planejavam o fim do domínio português.
Com a restauração, foi afastado o risco de que essa história se perdesse sob os escombros da propriedade, batizada nos Autos de Devassa – inquéritos que incriminaram os conjurados – de Covão, devido à cova formada pela topografia no entorno.

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