Quase 50 dias após as prisões de falso médico, dono de ótica e assessor no exercício ilegal da medicina os lafaietenses lesados cobram ressarcimentos pelos danos. No dia 13 de junho, a Polícia Civil de Lafaiete prendeu, no Bairro Manoel de Paula, três suspeitos de envolvimento, D.P.D.L, de 27 anos, E.S.M, de 33 anos, e um optometrista F.A.S.B, de 29 anos, todos de Belo Horizonte sendo conduzidos até a Delegacia de Polícia após serem surpreendidos por policiais civis.
As diligências tiveram início a partir de denúncias anônimas com informações de que seriam realizadas consultas e exames de visão, por um profissional não habilitado, em um cômodo ao lado da quadra do bairro Manoel de Paula.
No mesmo local em que eram realizados os exames, também estava um dono de ótica, da cidade de Belo Horizonte, que já passava o orçamento dos óculos e recebia um valor como sinal de entrada, se comprometendo a entregar o produto dali a 15 dias. Pelo que foi apurado, o valor dos óculos variava entre R$ 250,00 a R$ 1200,00. As receitas apreendidas pelos policiais demonstram que os envolvidos teriam recebido cerca de R4 4 mil das pessoas atendidas.
Nossa redação recebeu uma reclamação de um parente de uma idosa que foi lesada e de outros que foram prejudicados pelos estelionatários no valor de pouco de R$ 2 mil. Ele pediu punição aos culpados e ação de ressarcimento dos valores cobrados pela suposta clínica oftalmológica. Segundo o reclamante, que não quis se identificar, ele levantou a ficha de um dos envolvidos (D.P.D.L) no qual constam inúmeros estelionatos cometidos. “Minha tia tinha catarata e receitaram óculos para ela. Elsa tinha é que ser operada”, contestou. Ele cobra prosseguimentos nas investigações para que os lesados sejam reparados nos prejuízos. “Essa turma é um bando de estelionatários que percorrem as cidades, usam da boa fé dos inocentes para roubar dos pobres coitados.Queremos justiça”, afirmou.
O delegado Daniel de Oliveira, responsável pelo caso, afirmou a nossa reportagem que as pessoas lesadas devem procurar a delegacia para prestar esclarecimentos e depoimentos para que ele prossiga com as investigações. “Quero conclamar as pessoas que sofreram danos que nos procurem para darmos sequência ao inquérito e remetermos a justiça para as devidas reparações sejam civis e criminais. A saúde da população foi utilizada apenas como pretexto para que os autores ganhassem dinheiro, explorando a boa fé dos moradores.”, ressaltou a autoridade policial. O delegado afirmou que, além do exercício ilegal da medicina, outros crimes, como o de estelionato,poderão ser atribuídos aos suspeitos no curso do inquérito.
Confira a matéria:
http://correio.local/falso-medico-oftalmologista-e-preso-em-lafaiete/