União Nacional por Moradia Popular e a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo promoveram o 14º Encontro Nacional de Moradia Popular. O evento, realizado de 3 a 6 de agosto, com o lema “NENHUM DIREITO À MENOS: Em Defesa do Direito à Moradia e da Função Social da Propriedade”, foi aberto com milhares de militantes concentrados na Praça da Sé. A Marcha do Direito à Moradia com um percurso de 2 km da Praça da Sé até a Quadra dos Bancários a Abertura do Encontro e que contou com a presença do ex presidente Lula.
O 14º Encontro Nacional contou com a participação de cerca de 1 mil delegadas e delegados de 20 Estados brasileiros, reunindo lideranças populares dos diferentes estados brasileiros em um momento de reflexão, formação, integração, troca de experiências e desenvolvimento de sentimento de pertença ao movimento.
A pauta se concentrou na reflexão sobre o direito à cidade e à moradia, com diferentes visões e perspectivas da conjuntura política Nacional. Os debates serão focados em três eixos básicos: 1) derrubar o golpe nas ruas e lutar por nenhum direito a menos; 2) o papel estratégico da UNMP em defender a autogestão e lutar pelo cumprimento da função social da propriedade; III) e trabalhar a organização interna do movimento para enfrentar o atual momento político e para os novos desafios e lutas que virão.
O Encontro contou com a presença da presidenta da ASTCOL, Dona Dilma Aparecida, que ressaltou a importância da sua entidade participar deste encontro nacional da União Nacional de Moradia Popular. “A gente não pode perder a esperança de lutar e participar de um encontro com milhares de companheiros e companheiras do Brasil inteiro socializando experiências e debatendo as estratégias de combate a este atual governo que tem virado a cara para os movimentos sociais. Por isso, um dos objetivos do Encontro foi fortalecer nossas alianças no campo popular no sentido de garantirmos mais quantidade e qualidade das Unidades Habitacionais do MCMV-Entidade”.
Desde de maio de 2016, o governo Temer congelou a seleção de contratação do MCMV-Entidade – Faixa 1 prejudicando a etapa 2 do Residencial Dom Luciano cujo empreendimento popular irá construir mais 224 apartamentos para famílias de baixa renda que ganham atém R$ 1.800,00. Para o coordenador estadual da União de Moradia Popular, Whelton Leleco, o governo golpista anunciou a construção de 600 mil moradias da fase três do Programa Minha Casa, Minha Vida, no entanto, menos de 30% dos recursos atendem às famílias de baixa renda. “Temer, na verdade, age como um Robin Hood em sentido contrário, tirando dos pobres para dar para os ricos, invertendo a ordem de prioridade na política habitacional em curso do governo da presidenta Dilma, passando a priorizar as faixas 2 e 3 do Programa, para famílias com renda até R$ 9 mil, diminuindo drasticamente os recursos para as famílias de baixa renda na faixa1 do Programa, com renda inferior a R$1.800,00”, criticou.
A União Nacional de Moradia Popular é entidade que atua em todo território nacional e no qual a Associação Sem Teto de Conselheiro Lafaiete-ASTCOL está filiada.