Dezesseis dias após a explosão que matou 3 trabalhadores e deixou 9 feridos o diretor da saúde do trabalhador, Geraldo Francisco, e Adão Natal, diretor geral do sindicato dos metalúrgicos de Ouro Branco, visitaram na tarde do dia 1º, a área da coqueria da Gerdau onde ocorreu a tragédia que ganhou destaque nacional.
Eles estavam acompanhados por Reginaldo Santos, da área da segurança da siderúrgica, e Emerlindo Marques, gerente da coqueria. Após a visita os diretores do sindicato e da Gerdau conversaram por cerca de 2 horas. O sindicato cobrou transparência das informações em especial sobre as causas do acidente e as 4 vítimas que ainda estão internadas em Belo Horizonte. Entre elas estão o ourobranquense, Levindo Carvalho, e Eniclea Aquino Silva, que após receber alta, foi internada novamente 5 dias após o acidente. “Nós somos cobrados pela população, pela imprensa e pelas famílias sobre a real situação dos internados. A empresa se resume a afirmar que o quadro deles é estável, mas ontem uma nova vítima veio a morte, o Sandro Barbosa. Os trabalhadores que foram acidentados estão traumatizados. Então discutimos esta situação com o diretores da Gerdau e novamente cobramos mais segurança”, disse Geraldo.
Os diretores voltaram a criticar a situação de falta de investimentos em ações preventivas e de inspeção nos equipamentos da siderúrgica. “Quando a empresa ver que os valores maiores que ela tem é a integridade de seus funcionários os acidentes vão diminuir. A gente teme pelo crescimento dos acidentes e a empresa precisa investir nesta área”, assinalou Geraldo.