Depois de investir R$ 5 bilhões em uma fábrica no estado de Minas Gerais, a Vallourec está com muitas e boas perspectivas para o mercado brasileiro. Nesse contexto, o pré-sal está sendo uma boa fonte de negócios. Recentemente, a empresa conseguiu a extensão de um contrato com a Petrobrás para o fornecimento de soluções tubulares. “O foco é fazer do País um hub dos produtos premium da Vallourec. Estamos fechando capacidade na Europa e aumentamos a capacidade no Brasil para atender [à demanda]”, explicou o executivo Hildeu Dellaretti Junior. Ele acrescenta ainda que a companhia nos últimos anos tem se dedicado bastante ao mercado de exportação, levando ao exterior os produtos desenvolvidos em solo brasileiro. Além disso, novos mercados estão no radar de oportunidades, como o caso do setor de energia, onde a empresa fornece dutos usados em usinas térmicas para fazer a condução do vapor até à turbina.
Quando começa a ser executado o novo contrato com a Petrobrás?
Ele começa na sequência. Na verdade, já tínhamos um contrato anterior com a Petrobrás. Não temos uma data exata, mas este novo contrato é sequencial ao anterior. O pré-sal é a fronteira tecnológica mais desafiadora que temos, em função da camada de sal em si e também às condições de altas pressões e temperaturas.
Fale um pouco do desafio tecnológico que a empresa enfrenta para entregar soluções com foco neste ambiente.
Usamos materiais que fogem um pouco do convencional. Ao longo dos anos, temos desenvolvido com a nossa equipe técnica – juntamente com a equipe da Petrobrás – materiais premium de alta liga para poder atender às demandas da estatal e o desafio tecnológico do pré-sal. Temos produtos desenvolvidos no Brasil pensando nas condições brasileiras. A liderança tecnológica [que desenvolve os produtos] fica no Brasil e várias soluções que temos com a Petrobrás foram feitas exclusivamente para o pré-sal.
Então, o pré-sal será cada vez mais o foco dos negócios da empresa?
O Brasil hoje é um hub de produtos premium da Vallourec, além do País ser um mercado importante para a empresa. Nesse contexto, está o pré-sal. Com os investimentos feitos recentemente no Brasil, uma nova planta que consumiu cerca de R$ 5 bilhões, em Jeceaba (MG), uma das mais modernas do mundo, o foco é fazer do País um hub dos produtos premium da Vallourec. Estamos fechando capacidade na Europa e aumentamos a capacidade no Brasil para atender [à demanda]. Sabemos que os últimos dois ou três anos foram difíceis em virtude da crise mundial e brasileira. Mas vemos que a Petrobrás e outras majors estão se voltando para o Brasil.
Em que fase está a operação desta unidade em Minas Gerais?
O começo da produção da fábrica foi em 2012. Agora, estamos alcançando uma maturidade [de operação], atingindo o platô de produção agora.
Qual o planejamento estratégico da Vallourec para os próximos anos?
A estratégia é continuar acompanhando o desenvolvimento do petróleo offshore no Brasil, tanto em quesito de qualidade técnica dos nossos produtos quanto de atendimento e foco no cliente. Precisamos andar juntos com os clientes para dar suporte, com produtos de condições técnicas e comerciais para atender às necessidades do mercado offshore brasileiro. A linha premium é o nosso foco no Brasil.