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Sonho ao pesadelo: empresa de turismo é suspeita de aplicar golpes em dezenas de clientes em Lafaiete; delegado já investiga o caso de estelionato

Fotos tiradas de dentro da agência por vítimas lesadas/Divulgação

O que era para ser uma viagem de descanso e momentos de alegria para uma família ou um casal de namorados se transformou em uma tremenda dor de cabeça cujo efeito do remédio será longo e demorado. Os inúmeros casos aconteceram em Lafaiete quando dezenas de vítimas alegam que pagaram mas não viajaram.

Tudo estava programado com a aquisição de um pacote turístico para o feriado prolongado de 21 de abril. Os destinos eram variados: Aparecida do Norte (SP), Cabo Frio (RJ) e Capitólio (MG).

Os pacotes foram adquiridos junto a agência “LafaTur” cuja sede ficava  perto do camelódromo.  As vítimas ouvidas por nossa reportagem afirmaram que conheceram a empresa através de publicidades nas redes sociais e firmaram contratos, já que até então a agência tinha referências confiáveis.

A comerciária, Jenifer Stephanie, de Ouro Branco, relatou que adquiriu um pacote para passar o feriadão em Cabo Frio com direito ao transporte, casa, café da manhã e almoço. Ela e o namorado sairiam no dia 21 e retornariam no dia 24 de abril.

Após o contrato ela fez o depósito de R$580,00 relativo as duas passagens.  No dia e horários combinados, Jenifer conta que depois de 30 minutos de espera na praça Santa Cruz, em Ouro Branco,  ela começou a desconfiar da demora e resolveu ligar para o dono da agência. Ele atendeu alegando que ônibus havia passado às 21:00 horas e sua secretária teria ligado para avisar. Inconformada com a situação Jenifer ligou para a empresa de ônibus e o responsável confirmou que não havia viagem nenhuma agendada para o fim de semana.

O dono a agência informou a Jenifer que devolveria o dinheiro e já na segunda feira seguinte ele não mais respondia as ligações. Ao procurar a agência de turismo em Lafaiete, ela já estava fechada.

Quando Jenifer desabafou sua insatisfação, ela descobriu que não estava só. Haviam inúmeros casos, todos com viagem marcada para o mesmo dia com itinerários diferentes. Para cada situação, o dono alegava uma desculpa. Jenifer registrou um Boletim de Ocorrência e no PROCON. O dono da agência sumiu e encontra-se com os telefones desligados.

Outros casos

Em poucos dias, as vítimas descobriram que a extensão do estelionato atingia uma expressiva quantia de dinheiro e abrangia diversas cidades. A autônoma Patrícia Ferreira, de Lafaiete, contou a nossa reportagem que adquira um pacote para Aparecida do Norte, no feriadão do último dia 21 de abril, juntamente com o esposo, filho e irmã.

Ela procurou a agência através de indicação que atestava a idoneidade da empresa em diversos pacotes turísticos.

Ela se dirigiu a empresa e comprou o pacote. O ônibus que levaria a família ao destino sairia de Belo Horizonte, conforme combinado. Poucas horas antes da viagem ela soube que caíra em um “golpe do vigário”. Seu prejuízo foi de pouco mais de R$810,00.

Patrícia entrou em contato com o dono que prometera a devolução. De tanto insistir e até mesmo parcelar o valor devido, mas o dono sumiu.

Ela resolveu juntamente com outras vítimas lesadas criar um grupo no whatsapp para buscar uma ação conjunta de ressarcimento dos prejuízos. “O que mais deixa revoltada não é tanto o dinheiro mas a sacanagem com tanta gente”, desabafa Patrícia.

Delegado Daniel Gomes já apura o caso/Arquivo

Apuração

O delegado, Daniel Gomes, Delegado da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio e Antidrogas, informou a nossa reportagem que já abriu investigação diante de várias denúncias de estelionato o que pode se transformar em vários inquéritos. Nos próximos dias, ele vai intimar  as vítimas a prestar esclarecimento na delegacia.

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