A dentista Eliana Corrêa, mãe do jogador Daniel, gravou um vídeo para pedir justiça em relação aos suspeitos de terem assassinado o seu filho, em 27 de outubro. Moradora de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, Eliane disse que o jogador que tinha contrato com o São Paulo foi vítima de tortura e pediu pena máxima aos suspeitos. “Eu gostaria de pedir justiça, para que essas pessoas que fizeram o meu filho sofrer, torturaram e mataram ele, que não deixe que eles fiquem soltos”, afirmou ela. “Porque quem faz com um, faz com outro e eles podem fazer outra família sofrer, outra mãe sofrer.” Eliana também pediu punição no “maior rigor da lei”. Ao todo, sete pessoas estão presas, indiciadas sob
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suspeita de participação no espancamento e homicídio de Daniel, fraude processual e coação a testemunhas. “Já que eu não posso ter meu filho de volta eu gostaria de pedir que essas pessoas sejam punidas no maior rigor da lei e que a honra de meu filho seja preservada. Que eles sejam punidos com o máximo rigor da lei.” A dentista fez referência a Cristiana Brittes, mulher de Edison Brittes, que confessou o crime. A defesa da família Brittes entrou com pedido de revogação da prisão de Cristiana sob o argumento de que ela precisa voltar para casa para cuidar de sua filha de 11 anos. “Se a mãe que auxiliou nessa barbaridade quer ser solta pra cuidar da filha, quem vai cuidar da filha do meu filho? Ela é uma criancinha que vai crescer sem pai”, diz Eliana, mencionando a própria neta, que tem dois anos. “E meu filho, apesar da idade, eu cuidava dele. Como eu vou fazer para cuidar dele se tiraram a vida dele.” Mesmo em luto, a mãe do jogador agradeceu às autoridades que conduziram o inquérito sobre o crime, que foi concluído e entregue na quinta-feira (22) ao Ministério Público. A promotoria agora precisa fazer a denúncia dos acusados à Justiça. “Apesar de toda essa tragédia, eu quero agradecer à Polícia do Paraná, o delegado doutor Amadeu , o promotor [João] Milton e nosso advogado Nilton [Ribeiro] por todo empenho e trabalho excelente que fizeram e toda a rapidez que foi resolvido esse inquérito. Muito obrigada pelo apoio e chegar às conclusões necessárias para condenar esses bandidos.”
O corpo de Daniel foi encontrado em uma plantação de pinheiros em São José dos Pinhais (PR), com o pênis cortado e parcialmente degolado. Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, disse ter matado o jogador depois de vêlo tentando estuprar sua mulher. As agressões a Daniel começaram na casa em que a família comemorava o aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Além da família, foram presas outras quatro pessoas. Eduardo Purkote, Ygor King, David Willian e Eduardo da Silva. Todos eram convidados da festa.
Fonte: UOL