Foi realizado neste domingo, dia 9, na comunidade da Chácara, município de Paula Cândido, a 8ª Vivência Missionária. As motivações foram o trabalho de base para fortalecimento da resistência e da defesa da democracia; a vivência da fé-compromisso no dia a dia; a promoção dos povos quilombolas por meio de sua organização e protagonismo; a memória tensional de Dom Luciano entre poder opressor e Boa Nova sempre ao lado dos empobrecidos; valorização e impulso à cultura popular. Para Maju do FOMENE (Fórum Estadual Igualdade Racial) e uma das organizadoras do evento, o retrocesso que o país está vivendo com o advento da vitória da extrema-direita e de setores conservadores da sociedade nas eleições de 2018 nos leva a refletir sobre os temas. O encontrou contou com representantes de entidades e movimentos sociais, tais como, o FOMENE, Levante Popular da Juventude, N’GOLO- Federação das Entidades Negras de MG, Pastoral da Afro-Brasileira da Arquidiocese de Mariana, EFA-Dom Luciano, MAB – Movimento Atingidos pela Barragem, ENEP-Escola Nacional de Energia Popular. Cancioneiros populares, lideranças quilombolas, comunitárias, religiosas, de movimentos populares e educadores debateram com os moradores o tema quilombola, que foi trabalhado pelo Farinhada, artista e militante do movimento afrodescendente uma vez que a comunidade da Chácara é formada por famílias de descendência de escravos.
Após o almoço, os presentes saíram caminhando a uma lagoa onde foi celebrada uma missa pelo Padre Claret, acompanhado pelo coral afro de crianças e jovens (meninas) que moram na Chácara. Até o local da missa foram feitas paradas (estações) onde em cada uma delas falavam sobre um tema (mulheres, juventude,cultura e agroecologia).
O lugar escolhido foi a lagoa que fica próxima à comunidade e que segundo os moradores precisa ser limpa para que eles possam usufruir de forma coletiva para consumo. No final da celebração o coral afro fez uma exibição de dança e os moradores aprovaram um mutirão para limpar a lagoa.