A empresária e líder comunitária, Neuza Mapa, não pertence mais ao quadro do PT de Lafaiete. Recentemente ela recebeu um convite da direção estadual do PDT e assumiu a direção da sigla e pretende organizar o partido para participar da sucessão municipal em 2020.
Neuza já foi candidata a prefeita de Itaverava em 2016 e neste ano foi candidata a deputada estadual obtendo mais de 5,1 mil votos. “A nossa intenção é buscar lideranças novas e formar um grupo homogêneo capaz de assumir o protagonismo em Lafaiete. Vamos ter candidato a prefeito e chapa completa para o Legislativo. Nossa meta é participar ativamente das eleições municipais, contribuindo com o debate de ideias e projetos para a cidade”, assinalou Neuza.
Como nem tudo são flores, a saída do PT, quando este filiada desde 2013, encerra um ciclo na vida política da ex candidata. Decepcionada, Neuza disparou contra o partido quando se sentiu boicotada pela cúpula estadual. “O partido prega um discurso bonito de inserção, igualdade de gênero, mas na prática faz o inverso. Tudo não passa de discurso”, disparou.
Ela cita que durante a campanha sentiu que havia discriminação interna em favor de grupos. “Enquanto alguns têm acesso ao farto fundo partidário, outros ficam á míngua implorando recursos. Foi o meu caso. Banquei a campanha do meu bolso e recebei apenas R$5 mil. Enquanto isso, outros candidatos tiveram acesso a muitos recursos. numa total discriminação e privilegiando grupos. Teve candidata que recebeu até R$ 500 mil. Qual o critério?”, desabafou.
Neuza afirmou que a política de grupos no partido serve apenas para manutenção dos candidatos que possuem mandatos. “O partido só tem discurso e na prática privilegia apenas os deputados com mandato. Assim não há renovação da sigla e mesmos continuam no poder. Assim busquei alternativas para mudar esta estrutura”, finalizou.