Nesta segunda-feira (25), um abalo sísmico assustou moradores. Técnicos da ANM vistoriaram sete barragens que poderiam ter a segurança comprometida.
O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) registrou neste ano 43 tremores na região de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. O mais forte deles aconteceu nesta segunda-feira (25). Ele alcançou 3.2 de magnitude.
O medo dos moradores é que esses tremores possam desestabilizar as barragens de rejeitos. Na região de Congonhas há 24 barragens em operação.
De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), nove estruturas em Congonhas e Ouro Preto poderiam ter a segurança comprometida.
Nesta manhã, os fiscais do órgão estiveram nas barragens Casa de Pedra e B4, ambas da empresa CSN Mineração, e analisaram todos os instrumentos medidores, como piezômetros, indicadores de níveis de água, drenos de fundo, cristas e ombreiras. Não foi detectada nenhuma anomalia.
Nesta tarde, a vistoria aconteceu em quatro barragens do Complexo Forquilha, em Ouro Preto. As estruturas I e III estão em nível 3 de emergência, o que significa iminência de rompimento. Todas as outras e a barragem Grupo, também vistoriada, estão entre os níveis 1 e 2 de alerta. Por isso, os técnicos da ANM estão impedidos de entrar nas estruturas, mas puderam analisar os fatores de segurança por imagens feitas por drone.
Segundo nota enviada pela ANM, “alguns piezômetros e a microssísmica receberam resposta ao sismo durante a noite de ontem (25), mas já apresentam leitura de normalidade”.
As barragens Vigia e Auxiliar do Vigia, da CSN, também vão passar por vistoria. As duas mineradoras deverão intensificar a inspeção e o monitoramento das estruturas.
A Defesa Civil informou que acompanhou a vistoria feita pela ANM. (G1)
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