A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, Congonhas, três suspeitos de aplicarem o golpe conhecido como “recompensa do achadinho” em diversas vítimas, principalmente em idosos. Eles já teriam atuado em diversos estados, obtendo, em Minas Gerais, lucro semanal estimado em, no mínimo, R$ 25 mil.
No momento da prisão, os suspeitos estavam prestes a dar mais um golpe em uma idosa. O homem preso foi identificado como o principal articulador da organização criminosa. Já uma das irmãs e uma sobrinha dele também foram presas com identidades falsas. Com eles, foram localizados 59 cartões (a maioria com as respectivas senhas).
Segundo apurado, a organização criminosa enganava e subtraía os cartões bancários, as senhas e o dinheiro das vítimas. Além disso, os suspeitos também faziam saques, empréstimos e transferências ilícitas.
O grupo criminoso é suspeito de observar as filas em caixas eletrônicos em busca de idosos com senhas bancárias anotadas. Os investigados seguiam as vítimas, e o homem encenava, perto das vítimas, a perda de uma carteira com grande quantidade de dinheiro. As mulheres instigavam as vítimas a alertar o dono da carteira e devolvê-la a ele. Em seguida, o homem convencia a vítima a ir a um estabelecimento comercial aleatório para receber recompensa como forma de gratidão.
No local, o suspeito dizia ser proibido entrar com a bolsa. Por isso, a comparsa se habilitava a entrar no estabelecimento primeiro, deixando a bolsa aos cuidados da vítima e voltando com um relógio de pulso e dinheiro como recompensa. Na vez da vítima, esta deixava a bolsa aos cuidados da suspeita e, quando ela voltava, a investigada fugia com a bolsa levando o cartão e a senha, bem como o dinheiro sacado pelas vítimas. Às vezes, os suspeitos apenas trocavam o cartão no interior da bolsa para realizar empréstimos e transferências.
Parte dos suspeitos da organização criminosa, que é composta por membros de uma mesma família, é oriunda do estado do Pará e possuem inquéritos policiais e processos no âmbito federal e nos estados do Pará, Amapá, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.
As investigações prosseguem, pois, segundo apurado, o trio faz parte de uma das maiores organizações criminosas especializadas nesse tipo de golpe em todo o estado de Minas Gerais e do Brasil, pois eles mudam de um estado para outro, conforme passam a ser identificados e reconhecidos nos locais.
Os trabalhos policiais foram realizados sob a coordenação do Chefe do 2º Departamento de Polícia Civil, Delegado-Geral Rodrigo Bustamante, e sob a responsabilidade do Delegado Bernardo Barros Machado, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Ibirité.