“A gente custa a aprender, mas também quando aprende, jamais esquece. A Deus é só agradecimentos pela existência, assim como aos pais, familiares, amigos, e a todos que passam pelo nosso caminho.
E por falar em caminho, os Andarilhos Queluzianos completa 15 anos. Um adolescente cercado de maturidade e vitalidade. Foi ontem mesmo na Pampulha o primeiro encontro de amigos. Uma semente lançada sob a égide do amor e confraternização, que deu origem a uma árvore frondosa e de boa cepa, sob a vigília e tenacidade do Mário Lúcio Caetano e dinâmicos companheiros. Convenhamos: uma Diretoria que transpõe uma década e meia é coisa de gente grande.
Mas, vamos falar dos Andarilhos, pois só quem participa é que sente de verdade o sabor no coração do companheirismo e alegria de encontrar e viver. Tem de tudo, tem jubilados, em outras palavras, aposentados. Tem Atleticano, Cruzeirense, Americano, e até Flamenguista. Empresários, industriais, comerciantes, sitiantes, comerciários, mecânicos, maçons, rotarianos, leoninos, membros de instituições de caridade, bancários, pedreiro, pintor, telhadista, marceneiro, padeiro, empreiteiro, eletricista, administrativo, corretor, desenhista, filósofos, ouvidores, articulador, comunicador social de assuntos aleatórios, radialista, churrasqueiro, cozinheiro, muitos enjoados, uns mais que os outros, tudo gente boa. Tem aquele que só usa cotonete francês, outros senão tiver local de banho depois da caminhada preferem deixar de ir. Alguns participam para servir de repouso. Tem andarilho que toma coca cola misturada com leite, uns deixam o celular em casa, outros não desgrudam. Tem quem sabe manusear drone, e, dupla certa e turma certa de caminharem juntos. Escaladores, músico, cantor de segunda voz, se apertar, sai até terceira voz, artista cênico, contador de causos e piadas, médicos, protético, advogados, engenheiros, politico, jornalistas, professor, historiador, colecionador, técnicos e prestadores de serviços em todos os segmentos, fundista que já correu até em Berlim. Tem andarilho que já morou na China, outros tem relatos de belas viagens, até da Índia. Conselheiros mor sempre presentes, capelão, fotógrafos, escritores, poetas, funcionário municipal, estadual, federal e de estatais, peritos em informática e som.
É só progresso em todo norte que a turma proporciona. Tem andarilho peralta bom de bola, outros foram no passado. Tem aqueles sistemáticos que só tomam Brahma zero, e, tem aquele que mistura ela com uma boa pinga. Uns que comem pouco, outros consomem até a parte dos que deixaram de comer. A balinha de café sempre cai bem. Nas caminhadas, tem a turma da linha de frente, outros no ajuntamento do meio, e os prosadores e fotógrafos no final. Ah! E têm também os apoiadores, indispensáveis na segurança e sobrevivência das caminhadas. Enfim: o universo dos andarilhos é infinito como o brilho das estrelas, e no chão as pegadas de cada um do orgulho de ser um Andarilho Queluziano.
Finalmente, cabe aqui também sinceros agradecimentos às esposas, companheiras e namoradas, pois a notícia que corre é de que, dão o maior apoio nas caminhadas, deixam tudo arrumadinho, e não consta nos anais da história de que nenhuma, nenhuma mesmo, algum dia disse: não vai não benzinho, fica comigo, por favor, te amo tanto. Graças a isso é que a turma quando encontra é só alegria, todo mundo esquece do tempo e das agruras, e se transforma numa eterna criança, hoje com 15 anos. No mais, saudade dos que partiram, e um forte abraço a todos. Feliz Natal e um venturoso 2020.
Reuber Lana Antoniazzi
Andarilho – 26.11.2019
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