Em meados de agosto, o diretor da Viação Presidente, Luiz Carlos Beato, anunciava em uma reunião com lideranças comunitária da Federação das Associações Comunitárias (FAMOCOL) que a empresa estaria sob o comando de dois novos diretores e pregava, com entusiasmo, um novo momento para o transporte público.
A guinada administrativa se referia a decadente prestação de serviços até então alvo de críticas, denúncias e reclamações gerais dos usuários. O cenário era de “terra arrasada” no setor.
À época foi anunciada a renovação da frota com aquisição de mais de 30 novos veículos e citava que até em 90 dias.
Já em meados de novembro, os vereadores Oswaldo Barbosa(PP) e Carlos Nem (PP) estiveram na cidade de Santos Dumont, terra de um dos donos da Presidente, quando conheceram os 10 ônibus semi novos. Ainda, segundo compromisso assumido, até final de 2019, mais 15 veículos serão substituídos, totalizando 70% da frota renovada.
Oficial
Na manhã do dia 18 de dezembro, com a presença do Prefeito Mário Marcus (DEM) ocorreu a entrega
simbólica dos 10 ônibus e pesar da expectativa da renovação de parte da frota, essa será feita com veículos usados, modelo Caio Apache Vip adquiridos de uma empresa de São Paulo. “A ação marca o início da renovação da frota prometida pela nova gestão da empresa Viação Presidente, sendo que há a previsão de entrega de mais dez ainda este ano”, assinalava o texto divulgado no site da prefeitura de Lafaiete.
Frustração
Porém a promessa ainda em 2019 da chegada de mais de 10 a 15 ônibus usados, não novos, não foi cumprida.
Apesar da confiança e expectativa geradas, a população ainda convive com o drama de conviver com ônibus estragados e trabalhadores chegando a pé em seu serviço e muitas das vezes atrasados.
Mesmo diante do anúncio da ampliação de linhas, os usuários são submetidos a percorrer a cidade em ônibus sucateados, popularmente conhecidos como “carroças”. Infelizmente este é o sufrágio por quem passam milhares de lafaietenses diariamente nos corredores dos ônibus da Presidente.
Novo terminal
Com a chegada dos novos empresários como promessas de “mudanças e uma nova era” no transporte coletivo, foi anunciado também a mudança do terminal rodoviários que até agora ainda não saiu do papel.
Emplacamento
A empresa também não cumpriu um item anunciado e não emplacou todos os veículos da nova frota em Lafaiete, o que geraria renda e recursos através da arrecadação do IPVA. A Lei Municipal nº4.877, de 11 de setembro de 2006, obriga o licenciamento e emplacamento em Lafaiete dos veículos de empresas prestadoras de serviços ao município ou concessionárias.
Boa notícia
A boa notícia foi a reforma dos abrigos de ônibus feita em parcerias com os comerciantes e empresários que em troca ganharam o espaço de divulgação.
Nossa reportagem esteve nas semana passada no terminal rodoviário conversando com usuários quando o nível de insatisfação com a empresa pouco alterou. “A dívida da Presidente com os lafaietenses é muito grande. Para alterar a imagem da empresa que ficou com os usuários, a empresa terá que fazer investimentos em qualidade e na humanização do transporte. Somente ônibus novos não resolve”, pontuou o engenheiro civil, Carlos Cruz, morador do Santa Cruz, que usa diariamente o transporte público.
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