Há mais de 100 dias totalmente paralisadas, as academias de musculação, ginástica e natação foram um dos setores econômicos que a pandemia atingiu em cheio. Ontem (30) pela manhã os empresários do setor promoveram um ato em chamaram a atenção do governo municipal pela reabertura das atividades. Em maio, eles entregaram um protocolo sanitário de medidas a serem adotadas nas academias visando evitar o contágio do vírus e volta ao funcionamento.
Alguns empresários estiveram presentes na redação do site CORREIO DE MINAS afirmando que não se justifica manter fechado um setor que promove a saúde e o bem estar.
O ex-jogador profissional e personal trainer, Edu Mantena, foi um dos organizadores dos protestos e vem mobilizando a categoria. “Como ex jogador de futebol eu morei no Vietnã e passei por algumas pandemias. Na Ásia tem muita pandemia, passei pela gripe aviária e consegui disputar todos os campeonatos. Os professores de educação física, as academias, os studios têm mais condição de fazer um atendimento seguro do que os bares e até mesmo do que as farmácias. Nós temos hoje as pessoas mais preparadas para abrir as academias. Nós trabalhamos com a prevenção. Precisamos que o prefeito una forças com a gente e saia desse Minas Consciente”, afirmou.
Já o empresário Rafael Ferraz afirmou que há 40 dias o setor se reuniu com o prefeito Mário Marcus (DEM) para a entrega de protocolo de abertura das academias, baseado em normas adotadas em outros países e em cidades do Brasil que estão funcionando. “Nós trabalhamos com a área da saúde. E a saúde está liberada, então, o pilates está liberado, a fisioterapia está liberada, mas as academias, os clues todos estão fechado e sem uma posição de retorno. O prefeito podia dar uma posição para gente pois o nosso protocolo é muito bem elaborado. Nas academias nós já usamos o uso de álcool, tapete que é o próprio, o termômetro. Trabalharíamos apenas a musculação para manter o distanciamento, seguindo os protocolos”, assinalou.
Ferraz também defendeu o retorno das atividades das escolhidas de futebol, como também as aulas de dança também ao ar livre.
Outras opiniões
Francilene Cristiane Reis é dona de estúdio de dança. “Podemos trabalhar adequando até as aulas coletivas, com vários horários e poucos alunos. Não tem a necessidade de parar, isso sem contar estar utilizando álcool em gel, fazer o uso de máscaras, tem como a gente poder estar adaptando, não tem necessidade de ficar prado. A atividade física ela é essencial até mesmo para imunidade da pessoa e estamos aí sem poder trabalhar desde março. Estamos dando aula on-line, mas não é todo mundo que tem acesso a isto. Tem como eu fazer as aulas online e eu faço isto, mas das 30 alunas apenas 10 fazem as aulas on-line. As aulas coletivas transmitem muita alegria e deixam as pessoas com o aspecto renovado”, avaliou.
Já Ynara Lopes Resende de Paula é representante de uma academia de natação há 25 anos no mercado de Lafaiete. “Estamos indignados, como de todos os segmentos desta área. Fato é que as academias já eram ambientes seguros muito antes, pois elas trabalhavam com álcool e em total promoção de saúde o tempo todo, sempre higienizando os materiais que eram utilizados a cada sessão. As academias de atividades aquáticas têm que usar cloro, é uma exigência da vigilância sanitária, ou seja, nós já estávamos preparados mesmo sem saber da pandemia pra poder ter um ambiente seguro. Aí eu ouvi o seguinte “academias geram aglomerações” é isto é uma incoerência, pois se os bares podem abrir (e eu não estou sendo contra a reabertura dos bares) eu acho que todo trabalho é essencial, mas nós temos maneiras de fazer tudo seguro, no meu caso que é a natação. Mas a palavra chave é incoerência, que é o que está dominando no momento”, pontuou.
Elen Teixeira Maia, dona de uma academia com 5 anos de atividades. Ela criou seu próprio empreendimento. “O que observo é incoerência, pois não consigo enxergar de colocarem as academias na onde roxa, isto é, as últimas a abrirem. Atividade física é saúde. Eu trabalho com mulheres e recebo mensagens de pessoas com depressão. Aumentaram as diabetes e hipertensão. Nas aulas on line a gente não consegue atender 100%. Fico triste pois estão nos vendo como pós pandemia e ao contrário deveríamos vir em primeiro lugar. A prática esportiva é vida. Nós somos responsáveis suficientes para seguirmos o protocolo”, afirmou.
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