Muitos não sabem o que fazer quando a luz amarela com desenho que lembra uma torneira acende no painel. Esse alerta, na verdade, é referente ao sistema de injeção eletrônica de combustível e pode indicar defeito em uma grande variedade de componentes.
De acordo com Everton Lopes, mentor de tecnologia e inovação em energia a combustão da SAE Brasil, a primeira orientação é desligar o motor e dar a partida em seguida.
Caso a luz se apague, é sinal de leitura incorreta de algum sensor, já corrigida pela ECU (central eletrônica).
Se ela permanecer acesa, a orientação é levar o carro a um mecânico de confiança assim que for possível – sobretudo se o alerta vier acompanhado de perda de desempenho, falha na aceleração, aumento no consumo ou outro sintoma mais grave.
Por meio de um “scanner” conectado à porta OBD, o profissional tem acesso a códigos que identificam onde exatamente está o problema.
“Essa luz indica basicamente as condições da injeção de combustível e da exaustão de gases. Pode ser algo relativamente simples, como um sensor desconectado ou defeituoso, até falhas mais complexas”, explica.
Combustível adulterado
Fiscal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) testa qualidade de gasolina Imagem: ANP/Divulgação Combustível adulterado, aponta o especialista, é a causa mais comum da advertência. A adição de solvente, por exemplo, é rapidamente detectada.
“Se a luz acender alguns minutos depois do abastecimento, isso é totalmente relacionado a algum tipo de adulteração”.
Combustível de má qualidade e falta de manutenção podem afetar uma série de itens com o passar do tempo – cujo mau funcionamento igualmente ativa a luz amarela no painel.
Isso se aplica a bicos, bomba injetora, filtro de combustível, catalisador e sensor de oxigênio, a sonda lambda, que ajusta a mistura ar-combustível.
Lopes destaca que o defeito pode estar na parte elétrica.
“O desgaste de velas de ignição, bobina e cabos de velas afeta a queima correta e também acende a luz de injeção”, esclarece.
Outra origem do alerta está relacionada a uma prática comum entre proprietários que alteram as especificações originais do veículo para ganho de performance: a instalação do “downpipe”, acompanhada da remoção do catalisador, para aumentar o fluxo dos gases de escape.
“A sonda lambda detecta a remoção do catalisador e ativa o alerta. Dependendo do automóvel, a ECU pode até restringir a potência do motor, trazendo a necessidade de levar o veículo a uma oficina especializada”, conclui Everton Lopes. (UOL)