Determinações da 2ª Vara de Tóxicos de BH foram cumpridas em 19 estados e no DF
Operações buscam desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização.
A 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte expediu 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão para a deflagração nesta segunda-feira (21/08) de operação policial que investiga o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pela facção criminosa “Primeiro Comando da Capital” (PCC). As operações foram realizadas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG).
As determinações da juíza titular da vara, Andréa Cristina de Miranda Costa, foram cumpridas em 19 estados da federação (AC, AL, AM, CE, GO, MT, MS, MG, PA, PB, PR, PE, RJ, RN, RS, RO, RR, SC, SP) e no Distrito Federal. A magistrada também determinou o bloqueio judicial de R$ 252 milhões.
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Caixa Forte Fase 01. Nesta fase foram identificados os responsáveis pelo “Setor do Progresso” da facção criminosa, com atuação no tráfico de drogas e consequente lavagem de dinheiro. As investigações revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão do PCC recolhidos em presídios federais que recebiam valores mensais da facção por terem ocupado cargos relevantes na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos. Para garantir o recebimento do “auxílio” do PCC, os integrantes indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
A juíza Andrea Cristina destacou a magnitude do trabalho, realizado durante a pandemia, envolvendo várias instituições, as atividades da secretaria da vara e o apoio da Corregedoria-Geral de Justiça, por meio da direção do Foro, e a Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG) é composta pela Polícia Federal (PF) Polícia Civil de Minas Gerais, Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal, que receberam o apoio, nesta ocasião, do 18° Batalhão de Polícia Militar de Contagem.
As atuações da Força Integrada e da Justiça visam desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes dos organismos internacionais de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.
Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom