Interessados em participar devem ter mais de 18 anos e não precisam ser da área da saúde.
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começa na próxima semana os testes com a vacina desenvolvida pelo grupo Johnson & Johnson contra a Covid-19.
Os voluntários devem ter mais de 18 anos, mas, diferentemente dos testes feitos pela universidade com a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotec, os interessados não precisam ser profissionais da área da saúde.
Esse estudo faz parte da fase 3 da vacina, conhecida como Ad26.COV2.S e feita pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo Johnson & Johnson.
Ela utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, onde se insere o material genético do SARS-CoV-2. De acordo com a Faculdade de Medicina, a vacina é “muito promissora pela potência imunogênica, já que foi estabelecido que uma única dose é suficiente”.
Vacina será aplicada no Hospital das Clínicas da UFMG — Foto: Reprodução/TV Globo
Voluntários
A UFMG será responsável pelo teste em até 2 mil voluntários. Para participar, é preciso preencher um formulário online de pré-triagem e responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.
O candidato deve ter mais de 18 anos, mas não há limite de idade. Apesar de a ocupação profissional não ser um critério de seleção, terão prioridade os candidatos com risco de infecção pelo vírus e que reflitam, o máximo possível, a diversidade de um cenário real da população de acordo com a faixa etária, questões sociais, étnicas e de gênero.
Os voluntários serão divididos de acordo com as etapas da pesquisa. Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem doenças prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos.
Na segunda etapa, a divisão etária permanecerá, mas com pessoas com alguma comorbidade.
Também haverá um grupo comparador, ou seja, os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que recebem placebo e os que recebem a vacina.
Todos os voluntários serão acompanhados por 24 meses e, após a confirmação da eficácia da vacina, os voluntários que receberam o placebo serão prioritários na distribuição da vacina.
G1