A equipe econômica do governo disse que não se faz necessário uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial. A afirmação foi baseada não apenas na avaliação do aumento de casos do novo coronavírus que não configura uma segunda onda de pandemia, mas na aposta de que não há chances de novas medidas de isolamento social rígidas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, nos últimos dias afirmou que a possibilidade de trabalho de que novas medidas emergenciais sejam precisas são baixas.
Uma parte dessa avaliação é sustentada por uma análise de dados que foram compilados pela Secretaria de Política Econômica, apontando que parte dos estados estão alcançando a chamada de imunidade de rebanho.
Esse monitoramento não é realizado em parceria com o Ministério da Saúde, de acordo com o Ministério da Economia ele é feito com os dados estatísticos.
A análise é reforçada pela percepção política, e de acordo com os interlocutores do Ministro da Economia a chance de que seja determinado um novo isolamento social é baixa.
Mesmo que essas medidas sejam anunciadas pelos governos locais, o governo federal espera que a população não adote esse comportamento na prática.
A avaliação não é feita apenas para o auxílio emergencial, mas para as outras medidas que foram tomadas durante a pandemia.
Uma delas é a ampliação do microcrédito, que segundo a análise feita pela equipe econômica essa oferta é maior que a demanda.
O time econômico apontou que seria necessário não apenas acontecer um aumento no número de casos, mas como o fechamento de empresas, como aconteceu em abril para conter a pandemia.
Os dados divulgados na quinta-feira (26), pelo consórcio de veículos de imprensa, o Brasil registrou 37.672 novos casos de Covid-19 e 698 mortes causadas pela doença.
Como será o desenvolvimento da doença é fundamental para a determinação de uma nova rodada de auxílio emergencial, que vai acabar o pagamento em dezembro.
No começo, o auxílio emergencial iria pagar apenas três parcelas de R$600, mas com a pandemia longe de acabar, o governo prolongou o pagamento do benefício por mais duas parcelas.
O governo dividiu os beneficiários por lote e assim tem realizado o pagamento, de acordo com o mês de aniversário de cada um.
Mais tarde, foi prorrogado o pagamento do auxílio emergencial até o mês de dezembro. O valor será de R$300 em mais quatro parcelas, ou até o mês de dezembro.
O governo dividiu os beneficiários por lote e assim tem realizado o pagamento, de acordo com o mês de aniversário de cada um.
Mais tarde, foi prorrogado o pagamento do auxílio emergencial até o mês de dezembro. O valor será de R$300 em mais quatro parcelas, ou até o mês de dezembro.
As pessoas com os rendimentos acima do permitido, com cargos eletivos, militares, servidores públicos e CPFs irregulares.
Popularidade
De acordo com as pesquisas realizadas pelo Ibope, a popularidade do Presidente Jair Bolsonaro caiu em 23 das 26 capitais no período de eleição municipal.
Essa piora acontece no mesmo período em que o valor do auxílio caiu pela metade.
De acordo com uma fonte próxima do ministro da Economia, Paulo Guedes, a equipe econômica vai tentar elevar a popularidade fazendo a aprovação de reformas estruturais.
Ele ainda disse que mesmo com a pressão da ala política para que possam ter mais gastos, o argumento é que é necessário fazer o “dever de casa” para que assim possa garantir a popularidade em alta no ano de 2022, quando serão realizadas as eleições presidenciais.
Essa retomada do mercado formal de trabalho, aponta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que o discurso da recuperação econômica dispensará novas medidas emergenciais.
No mês de novembro, o saldo de contratações e demissões bateu o recorde e alcançou 394,9 vagas.
Depois da divulgação dos dados, o o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, ajudou Bolsonaro ao defender a importância de preservar a atividade econômica ao mesmo tempo em que são tomadas medidas relacionadas à saúde.
“Isso demonstra o acerto das informações e das afirmações do Presidente da República, que sempre se preocupou e sempre nos pediu a proteção aos empregos. Obviamente, proteção à vida, mas também lembrando que proteger empregos é proteger as vidas”, disse.