Autor de facada em Bolsonaro voltou a ter nome comentado após presidente ser internado para desobstrução intestinal
O nome de Adélio Bispo de Oliveira voltou a ser comentado nas redes após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter uma obstrução intestinal e precisar ser internado. A Secretaria Especial de Comunicação do governo federal associou as intervenções ao atentado na campanha de 2018. O advogado de Adélio Oliveira, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, disse ao Aparte ter certeza que o cliente dele “não dura nada” se conseguir liberdade.
“Acho que ele corre risco de vida se sair sim, corre muito. Nesse cenário político agora então de guerra política, não dura nada aqui fora. Tenho certeza. No atual cenário, o Adélio corre sérios riscos, o Brasil hoje é pequeno para o Brasil. Se ele for colocado em liberdade hoje, eu temo pela vida dele porque os ânimos estão muito acirrados, o que a gente vê nos jornais, o que a gente vê na política, ele não dura na rua”, afirmou.
Atualmente, o autor da facada ao então candidato a presidente cumpre “medida de segurança de internação” na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul por “sua alta periculosidade, bem como a existência naquele estabelecimento de unidade básica de saúde e atendimento psiquiátrico adequados ao tratamento que lhe fora imposto”, de acordo com decisão judicial. E é por lá que o advogado quer que o cliente fique. “Sou totalmente contra que ele seja transferido, ele queria ser transferido aqui para Minas Gerais para ficar mais perto da família, fui alvo de críticas à época. Eu não confio no sistema estadual. O sistema prisional estadual é podre. Eu confio no federal”, disparou.
Adélio Oliveira deve passar até o fim do ano por uma nova perícia psiquiátrica quando completar três anos da sua internação. Esse novo laudo pode determinar a liberdade dele do presídio, o que é considerado difícil pelo advogado porque ainda está em tratamento. Se esse for o entendimento, a equipe de defensa não vê previsão legal para que o cliente permaneça detido.
Caso o parecer dos psiquiatras seja pela continuidade do tratamento, os exames passarão a ser feitos de maneira anual, como determina a lei. “Eu acredito que ainda vai durar mais uns quatro ou seis anos no mínimo”, projetou Zanone Júnior.
Recentemente, a defesa de Adélio conseguiu que caso haja algum surto psicótico ou psicomotor ou qualquer ato que porventura possa colocar em risco outras pessoas ou ele mesmo, os funcionários públicos do presídio poderão atuar apenas para proteção até que seja possível a chegada de equipe médica plantonista da unidade prisional para cumprir medidas de segurança. Como inimputável, a defesa entende que não seria possível a aplicação de falta disciplinares e que ele seja autuado por qualquer tipo de procedimento administrativo disciplinar de caráter punitivo, salvo se voltado para o tratamento da sua doença mental, devidamente atestada e solicitada por profissional de saúde especializado.
FONTE O TEMPO