Um grupo de cientistas das agências espaciais dos Estados Unidos e Europa realizou recentemente um exercício para estudar as opções para evitar o impacto de um asteroide com a Terra. E os resultados são preocupantes: mesmo que a rocha fosse detectada com seis meses de antecedência, não haveria muito o que poderíamos fazer para evitar um desastre de grandes proporções.
O exercício, que durou quatro dias, considera um asteroide hipotético chamado 2021PDC, com tamanho “entre 34 e 800 metros” e detectado a 56,3 milhões de km de nós. A cada dia os cientistas avançavam algumas semanas no tempo e descobriam mais detalhes da ameaça, como tamanho e trajetória.
No primeiro dia, o asteroide foi descoberto. Neste cenário, uma semana depois os cientistas determinaram haver 5% de probabilidade de impacto seis meses após a descoberta.
No segundo dia a equipe avança no tempo e novas análises da trajetória mostram que 2021PDC “certamente” irá atingir a Europa ou o Norte da África. Começam os esforços para projetar uma missão que possa destruir o asteroide ou alterar a trajetória.
Uma opção considerada foi detonar um explosivo nuclear próximo ao asteroide, na esperança de destruí-lo ou alterar a rota. “Enviar uma missão para disrupção nuclear poderia reduzir significativamente o risco de danos com o impacto”, disseram, mas não seria capaz de impedir que ele acontecesse.
Neste momento, tudo o que poderia ser feito seria evacuar a região do impacto quanto antes.
Um oficial da Nasa explica que esses exercícios ajudam a comunidade de defesa planetária a se comunicar entre si e com nossos governos para garantir que todos sejamos coordenados caso uma ameaça de impacto potencial seja identificada no futuro.
Fonte Olhar Digital