27 de abril de 2024 05:34

Ex-Procurador da Viação Presidente apresenta documentos a CPI e culpa Executivo por falta de transporte Público

O ex-procurador da Viação Presidente, o empresário Marcos de Paula, prestou esta semana, de maneira voluntária, depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), quando refirmou que entregou ao Prefeito Mário Marcus (DEM), em outubro de 2019, uma proposta de investimento no transporte público de Lafaiete.

Ele relatou que o plano continha a aquisição de 30 novos ônibus recuperando a pontualidade, a qualidade e a confiabilidade da população no transporte público. A proposta exigia a contrapartida de renovação antecipada do contrato com mais 10 anos concessão.

O depoimento a CPI do Transporte Público confirma com documentos as informações de uma entrevista exclusiva concedida ao site CORREIO DE MINAS postada em 6 de maio sob o título “Ex-Procurador da Presidente diz que Câmara não foi omissa; ele apresentou em 2019 plano de investimentos para o transporte público”.

Marcos expôs os membros da CPI sua frustração quando sequer recebeu uma resposta da prefeitura à sua proposta que salvaria transporte público do caos no qual foi lançado e com um futuro incerto. “Eu fui a CPI de forma antecipada, antes mesmo da convocação, protocolei um documento declarando minha disponibilidade para mostrar os erros, os equívocos do atual governo que simplesmente é o culpado pelo sacrifício imposto aos trabalhadores quando a cidade está há 4 meses sem transporte público. Isso é algo inédito no Brasil e esse atual governo é culpado”, contou.

Marcos explicou que exercia à época, durante o período de agosto a dezembro de 2019, a função de procurador e gestor da Viação e com o possível direito de compra da empresa, mas optou por desistir do investimento ante a indiferença do governo a sua proposta. “Faltavam ainda menos de dois anos para vencer o contrato e concessão e era inviável o investimento na ordem de R$ 15milhões que propunha. Fui ao gabinete do prefeito e lhe solicitei que antecipasse a renovação contrato e me garantisse a concessão por 10 anos. Infelizmente a resposta nunca chegou. Ante esse cenários, faltou segurança ao meu investimento, dada a invergadura do negócio. Infelizmente a cidade ficou privada de um serviço de qualidade que implantaríamos. Até hoje aguardo a resposta do Chefe do Executivo”, concluiu.

Marcos contou que durante a campanha eleitoral de 2020, qual se candidatou a vice, em um debate, ele disse que apunhalado por mentira do então candidato a prefeito, Mário Marcus, quando ele disse que teria enganado a população quando propôs a contratação de 30 ônibus. “Se ele disse isso é porque conhecia minha proposta. Ele caiu em contradição, mas deveria ter sido ao menos honesto em falar que a proposta foi engavetada pela omissão diante do período eleitoral que se avizinhava. Caso o atual mandatário perdesse, que o novo gestar ficaria com a bomba, mas ele bebeu do próprio veneno. Onde ficou o interesse da população?. O resultado é o que o povo paga hoje”, assinalou. “O prefeito faltou a verdade com os quase 120 mil habitantes e infelizmente não pude desempenhar minhas funções como gestor na cidade que tanto amo por simples capricho do prefeito”, pontuou.

À omissão do prefeito, se juntou a pandemia. “Aí se formou um caldeirão capitaneado pelos interesses eleitorais”.

Documentos

Marcos entregou a CPI um calhamaço de documentos em que comprovam sua atuação á frente empresa entre agosto a dezembro de 2019, quando restabeleceu as finanças da empresa, financiou a dívida de FGTS há 5 anos, e durante o período em que esteve a frente da Presidente honrou os pagamentos como também de todas as obrigações trabalhistas, fiscais e tributárias, sejam nas esferas municipal, estadual e federal.

Outro avanço foi a recuperação de passageiros ao sistema do transporte público e ainda foram investidos no período na aquisição de 10 ônibus semi-novos.

Nova concessão

Nossa reportagem questionou ao empresário Marcos de Paula se iria participar com sua empresa da concorrência pública para a concessão do transporte público. “Desde que seja uma licitação clara, com total lisura e segura ao investimento, com garantias ao bom negócio entre as partes para se prestar um serviço digno e com sustentabilidade, acredito que poderemos participar”, finalizou, apontando que a CPI será um divisor de águas no transporte público.

https://youtu.be/bamqBssckRs

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