6 de maio de 2024 00:51

Fim da intervenção no Hospital Bom Jesus vai atingir os mais pobres, esvaziar instituição e arruinar a saúde

Nota de esclarecimento de Magno Evangelista, enviado por um internauta que pediu para publicar, sobre o término da intervenção no Hospital Bom Jesus!

NOTA DE ESCLARECIMENTO

“Nos termos do ajuste firmado pelas partes interessadas, nos autos de ação própria, conforme ata abaixo, a partir da intervenção promovida pela Prefeitura de Congonhas, na Associação Hospitalar Bom Jesus, foi definida a extinção da referida intervenção em 04 de março do corrente e o início da Intergestão em 05 de março também do corrente.

Nada de novo, exceto pela denominação da Comissão que de Interventora passou Intergestora. Troca de 6 por meia dúzia. Por que, indagaria os incautos? Respondo eu: porque a situação financeira atual da Associação Hospitalar é muito pior do que aquela encontrada em abril de 2014, ocasião do ato inicial da intervenção. Só para se ter uma ideia, isso segundo o Sr Gláucio Ribeiro, Controlador Geral da Prefeitura de Congonhas, em Janeiro de 2021, a receita da Associação Hospitalar foi de pouco mais de 2 milhões e a despesa superior a 2,4 milhões. Portanto, só no mês de janeiro de 2021 o déficit foi de 400 mil reais. Além disso, segundo o Sr Marco Aurélio, um daqueles que atuou como Interventor, em recente entrevista veiculada pela rádio Congonhas, o mesmo anunciou que o déficit da Associação Hospitalar em 2020 foi na ordem de 2,5 milhões de reais, algo em torno de 200 mil reais por mês.

Neste contexto, provado e comprovado que a dependência financeira da Associação Hospitalar dos cofres da Prefeitura de Congonhas é cada vez maior e se evidencia, dentro do atual modelo, eterna.

Para continuar nos exemplos, a Associação Hospitalar registrou no seu quadro de pessoal, no mês de fevereiro de 2021, 325 trabalhadores sob o regime celetista, cujo investimento exigido mensalmente para suportar essa demanda é da ordem de 550 mil reais.

Acrescente-se a esse quadro de pessoal celetista outros tantos profissionais da área médica contratados sob a forma de “Pessoa Jurídica”, cujo custo mensal é muito maior.

Com isso, tenho que o resultado da Intergestao será o esvaziamento dos serviços ofertados no âmbito do Hospital Bom Jesus e retorno desses para o ambiente da Upa e das demais estruturas sob a gestão direta da Prefeitura de Congonhas.

Se interessa saber, a receita estimada para a Secretaria Municipal de Saúde de Congonhas só para este ano de 2021 é superior a 121 milhões de reais e estão vinculados ao seu quadro de pessoal mais de 900 servidores públicos.

Conste ainda, mesmo porque ninguém desconhece, que o projeto redentor para a área de saúde defendido pelo Prefeito de Congonhas é aquele encabeçado pelo Instituto ProVida, o qual não abarca as ações desenvolvidas dentro do Hospital Bom Jesus.

Por fim, a minha participação nesse debate se limita a uma assistência que presto ao senhor João Vicente, pois, não fui membro da Comissão Interventora e nem serei membro da Comissão Intergestora, visto que não sou membro da Associação Hospitalar, não sou membro do corpo clínico do Hospital Bom Jesus e nem sequer indicado pelo Prefeito de Congonhas para compor a citada Comissão.

Assim, cumpre-me vigiar e informar tudo aquilo que conheço e que se faz com o dinheiro público. É um mero exercício da cidadania. Faça você também a sua parte!” (Participe-Povo)

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