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Gerdau inicia programa exclusivo para mulheres e prevê geração de 100 postos de trabalho

O Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo 8 de março, terá um significado diferente na vida de 25 moradoras de Ouro Branco  e região que vão participar da primeira turma do curso de qualificação profissional em manutenção eletromecânica voltado exclusivamente para mulheres. A capacitação, oferecida pelo programa Pertencer da Gerdau, em parceria com o Senai, abre caminho para a igualdade de gênero, criando oportunidade de trabalho para mulheres que desejam se qualificar e ingressar na indústria do aço.

O curso de qualificação é voltado para as áreas de operação da Gerdau em Ouro Branco e terá duração de quatro meses, contemplando aulas presenciais e online, das 8h às 17h, a depender da situação da pandemia de Covid-19 no município. Uma equipe de instrutores do Senai vai capacitar tanto com conhecimentos técnicos, que incluem tópicos em fundamentos mecânicos e de eletricidade, cálculo aplicado, metrologia, montagem e manutenção, comunicação e redação técnica, quanto com noções de saúde e segurança no trabalho e organização de trabalho e cidadania. A capacitação abordará ainda módulos específicos para reduzir desperdícios e custos, aumentando a produtividade com ferramentas de lean manufacturing e agile.

Abertura de 100 novos postos de trabalho

A previsão é de que, ao longo de 2021, outras três turmas do curso para formação de mulheres sejam abertas, totalizando a criação de 100 postos novos de trabalho para elas, que estarão aptas a colocar em prática todo o conhecimento teórico por meio do ingresso na função de operadora trainee. Além disso, o programa Pertencer vai lançar outras quatro turmas de formação técnica para Pessoas com Deficiência também na usina de Ouro Branco. As datas das seleções para as novas turmas serão divulgadas em breve.

O processo de seleção da primeira turma de mulheres na usina de Ouro Branco contemplou participantes, sem impeditivo de idade, que tiveram passagem pelo programa Jovem Aprendiz da Gerdau. De acordo com Graziella Maso, gerente da área de Pessoas na Gerdau, o convite para essas mulheres simboliza mais que uma porta de entrada para a indústria do aço, como também ressignifica o ambiente de inclusão dentro da Gerdau. “O programa Pertencer da Gerdau propõe uma mudança de mentalidade dentro da empresa, apostando na diversidade para acelerar a curva da inclusão, em um setor predominantemente composto por homens”, afirma Graziella, acrescentando que essa temática vem sendo implantada na Gerdau há cerca de três anos, incluindo também os temas LGBTI+, raça, pessoas com deficiência e mulheres. 

Empoderamento feminino na siderurgia

O curso de qualificação profissional em manutenção eletromecânica, voltado exclusivamente para mulheres, não é somente uma porta de entrada na área de operação da produção de aço, mas também um trampolim para ascender em cargos de gestão dentro na empresa. Que o diga Driele Poliana Barbosa, 33 anos, que há 18 trilha sua carreira na usina de Ouro Branco, agregando aprendizados e superando desafios.

Atuando hoje como coordenadora de produtos carboquímicos, Driele foi, junto com outra colega, a primeira mulher a participar do curso de qualificação em manutenção mecânica industrial pelo Senai.

Depois do aprendizado de dois anos como menor aprendiz, ela atuou por quase quatro anos como mecânica de manutenção. “Depois disso, houve uma reestruturação e nossa equipe foi trabalhar no alto-forno e eu passei a atuar como apoio na área de gestão a outras equipes de manutenção”.  Movida a desafios e novos aprendizados, ela passou por várias áreas dentro da unidade e hoje se orgulha do seu cargo atual.

“Em 2013, assumi a minha primeira função de gestão com 25 anos, sendo coordenadora de equipe na área da Ferramentaria, atuando pela empresa como um todo e sendo responsável por cerca de 30 pessoas”, conta Driele, que contabiliza outras muitas funções de coordenação em áreas como transporte pesado, contrato, manutenção de infraestrutura e programação e montagem de andaime.

Motivada pela paixão e pela sinergia com os valores da Gerdau, Driele afirma que prezou sempre pela dedicação e os fatos foram acontecendo naturalmente “As coisas foram acontecendo. À medida que eu dava um passo, me dedicava e me envolvia com o trabalho, o próximo passo aparecia. Depois de tantos aprendizados, descobri que minha vocação é trabalhar com gente porque sou dinâmica”, orgulha-se.

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