Um homem de 27 anos foi preso preventivamente suspeito de estuprar a própria enteada, de 12 anos. Os dois moravam na mesma casa em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os crimes, segundo a polícia, eram recorrentes e só foram denunciados após um vizinho flagrar um dos abusos.
O padrasto foi preso nessa sexta-feira (2/7) após um mês de trabalho de investigação da Polícia Civil. A mãe procurou as autoridades no dia 2 de junho após ser alertada por esse vizinho. Questionada pela mãe, a menina de 12 anos confirmou os estupros e disse que os abusos ocorriam ao menos desde abril.
Ameaças
A vítima afirmou que o padrasto esperava a mãe dormir para realizar os crimes sexuais. Ele tampava a boca da menina e fazia ameaças para que não fosse denunciado. A mãe revelou aos policiais que toma remédios para dormir, o que torna o sono mais pesado e pode explicar o motivo de nunca ter reparado os abusos.
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“A partir daí, iniciamos os trabalhos investigativos, os quais culminaram na prisão do suspeito, que se encontrava em seu local de trabalho no momento do cumprimento do mandado”, informou a investigadora Débora Tostes.
Presentes
Apesar de nunca ter presenciado os crimes, a mãe da vítima contou às autoridades que um fato chamou a atenção dela. Nos últimos meses, o rapaz passou a dar presentes para a menina. Segundo a Polícia Civil, a adolescente se encontrava bastante apreensiva e preocupada com o possível retorno do suspeito para a residência da família. Com o objetivo de proteger e resguardar a integridade física e psíquica da vítima, o mandado de prisão preventiva do suspeito foi solicitado pela delegada Priscila Pereira Santos. Se condenado, o preso pode pegar até 15 anos de prisão, mas cabe à Justiça analisar o aumento da pena, já que ele é padrasto da jovem. A PCMG encaminhou também um pedido para o psicólogo e aguarda vaga para a vítima. A família da criança vive em situação de vulnerabilidade social e a equipe em Matozinhos presta o apoio possível. (EM)