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Inflação para os mais pobres cresce 6,22%

A taxa de inflação para os mais pobres – famílias de renda mensal menor que R$ 1.650,50 – foi de 1,58% em dezembro de 2020. Na faixa que representa as famílias de renda mais alta (com rendimento domiciliar superior a R$ 16.509,66), a variação foi de 1,05%, com uma diferença de 0,53 ponto percentual entre os dois grupos. No acumulado do ano, enquanto a inflação das famílias de renda mais baixa teve elevação de 6,22%, o segmento de renda alta registrou taxa menor: 2,74%.

Os dados constam do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a dezembro, divulgado hoje (15), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Embora tenha se mantido em dezembro o padrão inflacionário presente nos últimos meses, caracterizado pela aceleração dos preços dos alimentos no domicílio, o reajuste da energia elétrica e a alta nos preços dos serviços livres se revelaram focos de pressão adicionais no orçamento das famílias”, informou o Ipea.

Segundo o estudo, os segmentos de habitação e alimentos e bebidas foram os que mais impactaram a inflação das famílias de menor renda, impulsionados pela alta de 9,3% nas tarifas de energia e pelos aumentos no preço do gás de botijão (2%), arroz (3,8%), feijão (3,3%), batata (7,3%) e carnes (5,6%).

Motivos do aumento da inflação para os mais pobres

Já os reajustes das passagens aéreas (28,1%), dos transportes por aplicativo (13,2%) e da gasolina (1,5%) fizeram do grupo transporte o maior foco inflacionário para a classe de renda mais alta no mesmo período.

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