18 de abril de 2024 22:47

Minas Consciente: Turismo e cultura ganham o status de serviços essenciais

O governo de Minas, através da Secretaria de Estado da Saúde, publicou nesta quarta-feira (27) a nova fase do Programa Minas Consciente, onde flexibilizou as condições da “onda vermelha” – a fase mais restritiva de reabertura – e autorizou o funcionamento dos serviços não essenciais, entre eles atividades turísticas, eventos, atrativos culturais e naturais.

A partir de agora, parques, museus, bibliotecas, bares, restaurantes, igrejas, reservas ecológicas, zoológicos, unidades de conservação, galerias, centros culturais e outros equipamentos turísticos e culturais nas cidades mineiras podem voltar a receber turistas e visitantes.

“As mudanças ocorridas no Minas Consciente colocam cultura e turismo como serviços essenciais e são sinais do compromisso do governo do Estado com os dois setores, os mais atingidos na pandemia”, afirmou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

O Minas Consciente libera a abertura dos espaços culturais e o funcionamento dos serviços turísticos em todos os municípios que aderiram ao plano, obedecidos os principais parâmetros – uso de máscara obrigatório, distanciamento social entre as pessoas e protocolos de higiene.

Na onda vermelha, por exemplo, são permitidos eventos para até 30 pessoas, com 10 m² de distanciamento; na onda verde, o máximo são 250 pessoas com 4 m². Em relação aos hotéis e atrativos culturais e naturais, na onda vermelha é permitido atingir 50% da ocupação; na onda amarela, 75%.

Selos
Desde o início da pandemia, em março do ano passado, Minas Gerais aderiu a alguns selos de higiene e segurança para orientar os viajantes, entre eles o Turismo Responsável, do Ministério do Turismo, e o Safe Travels, do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês).  

Até o dia 27 de janeiro, já tinham sido emitidos 2.328 selos do Turismo Responsável. Até a mesma data, 51 empreendimentos turísticos já receberam o selo Safe Travels.

Minas Gerais também está entre os Estados que mais se destacaram quanto à regularização do setor turístico: em relação a 2019, o Estado apresentou em 2020 um aumento de 118% de cadastros ativos no Cadastro Nacional Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), Ministério do Turismo.

A maioria dos registros é para agências de turismo (2.751), transportadoras turísticas (2.305), restaurantes, bares, cafés e similares (1799), meios de hospedagem (1.787) e organizadoras de ventos (739).

Indicadores

Dados do Observatório do Turismo de Minas Gerais mostram que, em 2019, o faturamento do turismo e da cultura em Minas Gerais girou em torno de R$ 20,6 bilhões. Essa receita caiu drasticamente em 2020, em decorrência da pandemia.

A retomada lenta e gradual desses setores já pode ser observada no fluxo de passageiros nos aeroportos mineiros que, em abril de 2020, foi de 35.154 pessoas, e em dezembro saltou para 671.285 embarques e desembarques. 

Ainda conforme relatórios do Observatório do Turismo de Minas Gerais, no mês de setembro o setor turístico faturou mais de R$ 1 bilhão, o que representa 8,2% da receita turística de todo o país no mesmo mês. 

De acordo com a diretora do Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras e Congressos de Minas Gerais (Sindiprom-MG) e da  Associação dos Profissionais, Serviços para Casamentos  e Eventos Sociais de Minas Gerais (Abrafesta-MG), Karla Delfim, o setor de eventos corporativos recebe a notícia com esperança. 

“Sabemos que não poderemos realizar grandes eventos tão cedo, mas já é um respiro para começarmos a caminhar. Mesmo na onda vermelha, poderemos realizar pequenos workshops, treinamentos e reuniões”, afirmou Karla. 

Minas para o Brasil
A partir de fevereiro, a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Secult) irá lançar a campanha Minas para o Brasil e também desenvolverá uma parceria com a operadora CVC para colocar os destinos e produtos de Minas nas prateleiras das agências de viagens.

“Para o Minas para o Brasil, temos uma campanha de marketing  já feita em parceria com o Ministério do Turismo, o planejamento de trazer operadoras – e já temos acordos firmados -, companhias aéreas e receptivos do Minas Recebe para que esse momento seja uma curva ascendente do turismo”, afirma Leônidas Oliveira.

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