Ontem, quinta-feira, 28, durante sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a continuação do pagamento do auxílio emergencial em 2021 pode trazer consequências desastrosas para o Brasil que acabariam quebrando a economia do país.
Ele lamentou novamente as infecções e mortes pela doença, porém disse que é necessário “conviver” com a Covid-19 e que não se pode “destruir empregos”. Bolsonaro ainda destacou mais uma vez que o país está com capacidade de endividamento no limite.
“Lamento, pessoal quer que continue (o auxílio emergencial), vai quebrar o Brasil, vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre e todo mundo vai pagar caríssimo”, declarou o presidente. O chefe do executivo também voltou a criticar as restrições de movimentação de pessoas e de abertura de estabelecimentos impostas por governadores e prefeitos com o objetivo de reduzir o contágio pelo coronavírus.
Leite condensado
Na live, Bolsonaro ainda respondeu sobre a denúncia dos gastos do governo em mais de R$ 15 milhões em leite condensado feita pelo jornal Metrópoles. Em declaração, ele disse: “A gente fica chateado, acaba de vez em quando explodindo, saindo do comportamento, não adianta falar que a gente vai mudar, porque não vou. Mas tudo bem.”
Isso porque na quarta-feira, 27, o presidente disse “é pra enfiar no rabo de vocês da imprensa essa lata de leite condensado” .Em um almoço com artistas, afirmou ainda que “essas críticas não levam a lugar nenhum”. Em tom exaltado e aplaudido por apoiadores, acrescentou: “Vai para puta que pariu” e “imprensa de merda”.
Proposta de volta do auxílio emergencial no Congresso
Embora Bolsonaro seja contra, uma eventual retomada do auxílio emergencial está em discussão pelos candidatos à Presidência da Câmara e deve ganhar mais forma com dos retorno dos parlamentares ao trabalho, depois de recesso, a partir da próxima semana. Além disso, diversos projetos de lei já foram propostos.