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Tipo sanguíneo não afeta risco de contrair COVID-19, diz novo estudo

Com a pandemia, muito se questiona em relação ao comportamento da COVID-19 em nosso corpo, e o que influencia nos riscos de se contrair essa doença. No entanto, um estudo norte-americano publicado na JAMA Network Open buscou entender se determinados tipos sanguíneos trazem mais riscos de contrair a COVID-19, e concluiu que não é o caso.

No início da pandemia, alguns relatórios sugeriram que as pessoas com sangue do tipo A eram mais suscetíveis à COVID, enquanto aquelas com sangue do tipo O eram menos suscetíveis. É o caso, por exemplo, de um estudo realizado em parceria do Hemocentro com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP), da USP. Os especialistas acreditavam na associação desta tipagem com a falta dos anticorpos que estão presentes em outros tipos, o que acaba atrapalhando na hora de combater o coronavírus.

Tipo sanguíneo não afeta o risco de contrair COVID-19, segundo estudo norte-americano (Imagem: Pete Linforth/Pixabay)

Mas essa análise recente, que contou com quase 108 mil pacientes, não encontrou nenhuma ligação entre o tipo de sangue e o risco de contrair a doença que tanto tem preocupado a população mundial. Liderados por Dr. Jeffrey Anderson, do Intermountain Medical Center Heart Institute, os pesquisadores analisaram dados de 107.796 pacientes, dentre os quais 11.500 testaram positivo para COVID-19 entre 3 de março e 2 de novembro de 2020 e tiveram tipagem sanguínea registrada.

Os especialistas compararam os resultados de testes positivos e negativos, de pacientes hospitalizados e não hospitalizados, e de pacientes da unidade de terapia intensiva (UTI) com os que não foram para a UTI. Assim, avaliaram as associações entre os grupos A, B, AB e O.

“O tipo de sangue não foi associado à suscetibilidade ou gravidade da doença, incluindo positividade viral, hospitalização ou admissão na UTI. Comparado com o sangue do tipo O, o tipo A não foi associado ao aumento da positividade viral ou admissão na UTI. Da mesma forma, os tipos B e AB não foram associados a resultados piores do que o tipo O”, apontou o levantamento.

Fonte: JAMA

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