3 de maio de 2024 02:49

Usuários relatam aglomeração em vans e passageiros em pé; Câmara cobra retorno do transporte público

A situação do transporte público em Lafaiete afeta a vida da economia e expõe ao sacrifício e constrangimento dos milhares de usuários.

Há mais de 80 dias, a cidade não tem uma empresa operando o transporte público. Desde 1º de maio, as vans suprem o setor, mas o serviço é deficitário diante da incapacidade em oferecer um transporte mais digno aos lafaietentes.

Refém da situação, os usuários se viram para chegar ao trabalho, por outro sofrem com as limitações das vans.

Nossa reportagem recebeu fotos em que mostram as condições pelas quais os lafaietenses enfrentam diariamente.

Eles são obrigados a permanecer lado a lado com os passageiros sem distanciamento social e com vans superlotadas com usuários em pé, em total desrespeito as normas sanitárias.

Repercussão na Câmara

A falta de transporte público desencadeou discussões na Câmara. “Ninguém fala mais no transporte público nesta cidade”, reclamou o Vereador Sandro José (PROS).

Por unanimidade a Câmara aprovou um requerimento solicitando urgência na solução do transporte público.

“Já decorreram 3 meses desde o encerramento do contrato com a Viação Presidente sem que outra empresa a substituísse e é fato notório que o serviço prestado pelas vans escolares não tem se revelado suficiente para atender os cidadãos lafaietenses”, diz o requerimento.

Os vereadores alertam que, com a volta às aulas, as vans não poderão transportar as pessoas como vem ocorrendo atualmente, de maneira excepcional, o que deixar Lafaiete sem qualquer transporte público.

“Portanto, quais providências estão sendo tomadas quanto a esta situação do transporte coletivo público, já que nenhuma notícia sobre isso tem sido veiculado pelo Poder Executivo”, diz o requerimento assinado pelos 13 vereadores.

Empresa habilitada

Na sexta-feira (18), no auditório do Solar do Barão de Suaçuí, nova sessão pública do processo de contratação emergencial de empresa para a prestação de serviço de transporte coletivo.

Após a análise pela comissão de licitação das três empresas participantes, uma foi habilitada, a Empresa Viação Umuarama, sendo que as outras duas empresas permaneceram inabilitadas.

A partir desta data as empresas inabilitadas têm o prazo legal de cinco dias úteis para apresentação de razões de recurso. Finda a fase recursal será agendada nova sessão para abertura da proposta técnica da empresa habilitada.

CPI

Paralelamente, ocorre na Câmara a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para apurar possível omissão do poder público na falta do transporte público.

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