28 de março de 2024 08:23

Vereador propõe intervenção na Presidente e prefeitura lança novo edital para contratação temporária de nova empresa

Vereadores alertaram sobre a possibilidade de Lafaiete ficar sem transporte

Uma polêmica sem fim tomou o plenário da Câmara quando o Vereador Pastor Angelino apresentou um contundente requerimento em que expressava a preocupação dos lafaietenses ficarem sem transporte coletivo diante do caos no setor.
Isso porque no próximo dia 21 termina o contrato com a Viação Presidente e cidade pode ficar no vácuo sem uma empresa para prestar serviço. “O povo vem sofrendo há anos com o transporte público. Me admira esta situação não ter sido solucionada antes e somente agora se tomou uma atitude. Precisamos de uma resposta a tantos questionamentos”, refletiu o Pastor, levando dados de que a empresa deve mais de R$7 milhões de FGTS.

Pastor Angelino / CORREIO DE MINAS

Os Vereadores Damires Rinarlly (PV) e Giuseppe Laporte (MDB) reclamaram da demora de resposta a um requerimento protocolado no dia 25 de janeiro sobre a viabilidade de contratação das vans escolares para prestar serviço no transporte público. “Aguardamos e confiamos que o Executivo terá uma resposta que Lafaiete merece”, pontuou Erivelton Jaime (Patriotas). “Estamos igual a um cego e tiroteio e estamos pagando carro por erros de administrações que deram mais 10 anos de contrato em troca de terminal rodoviário”, atacou Vado Silva (DC).

Vereador Vado Silva / CORREIO DE MINAS

O edil comentou sobre a informação de que um grupo do Rio de Janeiro estaria comprando a Presidente. Prontamente, o líder do Governo, Oswaldo Barbosa (PV) rechaçou a pretensão dos cariocas afirmando que o prefeito Mário Marcus (DEM) desconhece o assunto e tratativas de uma suposta venda da empresa.
André Menezes (PP) comentou sobre a complexidade de uma licitação para a contratação de uma nova empresa. “Isso leva de 6 meses a 1 ano pelos inúmeros critérios, cláusulas de que preveem um novo contrato. É tudo muito detalhoso principalmente para precaver as ambas as partes. O transporte público passa por uma crise no Brasil frente a pandemia. Na legislatura anterior fizemos uma CPI na Casa e já havíamos constatado sucateamento do serviço em Lafaiete”, comentou.

Vereador André Menezes / CORREIO DE MINAS

O Vereador Renato Pelé (PODE) comentou que o atual preço da passagem inviabiliza o setor e atração de empresas para a concessão. “Esta licitação devia ser realizada já no ano passado e já estaríamos neste momento com uma solução para o setor. Vamos encontrar dificuldades na licitação e grandes riscos para os funcionários e os lafaietenses em geral”, declarou Pedro Américo (PT).

Vereadores apoiam saída da presidente e fala em desvio na empresa

Após algumas críticas direcionadas a prefeitura pela lentidão de tomada de decisão no transporte público, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) saiu em defesa do Prefeito Mário Marcus (DEM). “Nós temos que entender que muitas ações e atitudes, quando se tratam de assunto complexo e de tal magnitude, ficam sob sigilo para não atrapalhar o curso final. A gente não pode falar tudo que se pretende fazer. Vamos aguardar até dia 21 quando encerra o contrato”, assinalou.

Vereador João Paulo Pé Quente / CORREIO DE MINAS

Ele reconheceu erros de diversas administrações no tocante a fiscalização a Presidente. “Não se pode jogar a culpa total no prefeito. Ele está se empenhando para revolver a situação sem traumas a população. A gente sabe dos riscos de ficar sem transporte e para isso a prefeitura está abrindo novo edital para contratar provisoriamente uma empresa por um ano até a conclusão final da concessão. Por isso ele pediu nosso apoio em reunião para garantir este processo com tranquilidade e nós vereadores hipotecamos apoio”, comentou.

Vereador Renato Pelé / CORREIO DE MINAS

Em seguida, ele analisou os supostos desvios na empresa. “Esteve aqui na Câmara o ex gerente, Carlos Beato, quando falou de desvio de cerca de R$ 1 milhão. Então, por isso que tem funcionários pedindo ajuda pois falta alimentação, a energia está para ser cortada. Estamos diante de um problema complexo e desdobramentos sociais e na cadeia econômica”, argumentou.
Em seguida, Damires Rinarlly explicou que foi unânime o apoio ao prefeito, desde que a Presidente não mais assuma o transporte público. Já Fernando Bandeira (PTB) também comentou sobre a complexidade, a lentidão da licitação e os riscos de Lafaiete ficar sem transporte.

Vereador Sandro José / CORREIO DE MINAS

Intervenção Já!
Já ao final dos debates, o Vereador Sandro José (PROS) solicitou, diante do caos no transporte público, a intervenção judicial na Viação Presidente para que a prefeitura garanta a continuidade da prestação do serviço caso após vencer o contrato não surja uma empresa para assumir o setor e garantir a segurança e ordem.

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