O presidente Jair Bolsonaro afirmou que existe a possibilidade do governo federal realizar uma nova prorrogação do auxílio emergencial, benefício concedido em 2020 aos trabalhadores informais que foram afetados pela pandemia do coronavírus.
“Eu acho que vai ter uma prorrogação. Você pode ver: foram cinco meses de R$ 600 e quatro de R$ 300. O endividamento chegou na casa de R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal”, informou o presidente durante entrevista à TV Band.
O presidente voltou a tocar no assunto do endividamento do benefício e disse que é necessário se preocupar com o gasto público. O auxílio emergencial beneficiou um total de 68 milhões de brasileiros em 2020, gerando um gasto de mais R$ 300 bilhões.
“Tem que fazer com responsabilidade. Se você não fizer com responsabilidade, você acaba tendo a desconfiança do mercado, aumenta o dólar e impacta no preço do combustível. Vira uma bola de neve “, declarou.
Para compensar o fim do auxílio emergencial, a equipe econômica do governo analisa a criação do Benefício de Inclusão Produtiva. O projeto prevê a liberação do pagamento no valor de R$ 200 durante três meses para 30 milhões de brasileiros que não possuem carteira assinada e não são beneficiários do Bolsa Família.
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Auxílio emergencial e reunião com Paulo Guedes
Após reunião na semana passada com Pacheco e Lira, Paulo Guedes afirmou em entrevista que o auxílio emergencial deverá ter uma nova rodada. Por outro lado, o ministro declarou que, dessa vez, devem receber apenas metade dos beneficiários comtemplados em 2020. A informação foi dada, na quarta-feira (04).
Todavia, Guedes também não havia informado quais serão os critérios do benefício e nem qual o valor será pago para cada beneficiário.
“O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez”, garantiu Guedes.
Durante sua fala o ministro também mencionou que uma nova rodada do auxílio emergencial depende de “cláusulas necessárias”. Outra preocupação era a situação fiscal do país.
Saiba mais sobre a “cláusula de calamidade”.
Informações sobre o auxílio emergencial
Os últimos pagamentos do auxílio emergencial foram feitos em dezembro, pelo aplicativo Caixa Tem. Em janeiro, o valor ficou disponível para saque.
Ao todo o benefício atingiu cerca de 68 milhões de pessoas. Sem o benefício milhões de brasileiros não sabem nem como vão colocar comida na mesa ou então pagar suas contas. Cerca de 70% dos beneficiários ainda tão tem renda.
No lançamento do beneficio a parcela do auxílio variou de R$ 600 ou R$ 1,2 mil. Depois, a partir de outubro, o auxílio foi reduzido pela metade.