Produtor tem obtido sucesso graças às vendas para a alimentação escolar
BELO HORIZONTE (03/05/2024) – Ricardo Sampaio Pinto era empresário em Belo Horizonte, mas mudou sua rota profissional após os negócios na capital mineira não darem certo. Devido à falta de perspectiva de melhorias na indústria de produtos plásticos que possuía, a família decidiu morar no interior e foi viver em São Sebastião do Oeste, na região Centro-Oeste de Minas, onde tinha uma casa de campo utilizada apenas para lazer.
Assim, Ricardo Sampaio encontrou no campo uma oportunidade para desenvolver um novo negócio. Aventurou-se em várias possibilidades, entre elas a criação de gado de corte, comercialização de leite e produção de queijo. Mas nenhuma proporcionou o resultado esperado. Para aproveitar o leite que retirava do gado, ele teve a ideia de iniciar a fabricação de iogurte. A orientação da Emater-MG (empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura de Minas Gerais) foi fundamental para a construção e, posteriormente, a regularização da agroindústria.
A coordenadora regional de bem-estar social da Emater-MG em Divinópolis, Andreia Faria Moraes, conta que tem dado suporte ao produtor, desde o início da jornada dele na área. Ela destaca a importância de ter um produto regularizado para aumentar as vendas “Procure registrar no órgão estadual para ampliar o mercado. O iogurte é um produto interessante, pois aproveita todo o leite, além de ter boa aceitação no mercado, proporcionando melhoria de renda”, finaliza.
Selo do IMA
Em 2022, a agroindústria do produtor obteve o selo do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Com este selo, o produtor conseguiu um aumento nas vendas, que inclusive é realizada para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio da Cooperativa Agropecuária de Divinópolis (Cooprafrad). Segundo Ricardo, a produção ainda é pequena, aproximadamente 700 litros de iogurte por semana. Para dar conta da demanda, ele conta com a ajuda dos dois filhos.
O produtor ressalta que o diferencial dos seus produtos são os ingredientes. “Utilizamos apenas leite aqui da fazenda, fermento lácteo, açúcar e sabor, não usamos conservantes. É um produto saboroso, que atende nutricionalmente a demanda das escolas”, diz. Com o negócio dando certo, o produtor já pretende diversificar a produção da agroindústria, com a fabricação de manteiga.