Em entrevista coletiva, na manhã desta segunda feira, dia 2, Ivar Cerqueira (PSB) voltou a criticar o Governo Federal e o Governador Pimentel (PT). Para o prefeito, as duas esferas abusam de procedimentos burocráticos para retardar a liberação de recursos. Para ele as sucessivas cobranças nas prestações de contas são sinais de que o governo usa de artifícios e artimanhas para não liberar recursos.
Ivar lamentou que o Ministério da Integração Nacional ainda não tenha liberado a 2ª parcela no valor total de R$ 3 milhões para a conclusão da Alfredo Elias Mafuz. Quase 70% da obra está concluída e, desde 2013, o município luta pela liberação dos recursos.
Recentemente a prefeitura concluiu a prestação final depois de idas e vindas nas análises das panilhas. O prefeito garantiu que não houve qualquer indício de sobrepreços de materiais. Segundo ele todos os itens estão dentro dos praticados pelo mercado.
Ele ironizou o pedido de estudo hidrológico, exigido pelo governo federal, para liberar verba da ponte Maria Júlia. “È um absurdo o que o governo faz com os prefeitos. Agora vieram com a exigência deste estudo. Não temos recursos para isso”, disse.
Para ele os técnicos dos Ministérios usam de má fé para atrasar os repasses. Ivar disse que já foi em Brasília e usou até mesmo a intervenção direta do ex Ministro Mauro Lopes, porém seu sucesso. A demanda para concluir a Alfredo Elias Mafuz esteve nas mãos de deputados federais como padre João (PT), Leonardo Quintão (PMDB), Reginaldo Lopes (PT) e Miguel Correa (PT). Nada foi resolvido.
Hospital regional
Ivar também alfinetou o governo do Estado sobre a retomada da obra do hospital regional, novela que se arrasta há mais de 5 anos, sem data para terminar. Ele contou que desde as primeiras horas do governo Pimentel articula para que o Estado sensibilize com a questão da saúde na região e conclua a obra.
Na última etapa, o município enviou toda a documentação necessária para que o imóvel fosse repassado ao Estado como forma de agilizar a conclusão. A obra é alvo de uma demanda judicial envolvendo a prefeitura de Lafaiete e a construtora Diedro.
Recentemente o deputado Arlen Santiago, Presidente da Comissão de Sauúe, da Assembleia de Minas, cogitou que faltaria a documentos da prefeitura o que foi prontamente rebatido pelo prefeito Ivar. Em mais um capítulo da novela, agora o Estado pediu um estudo de solo, chamado de teste de carga, da área onde está instalado o hospital. “O imóvel é do Estado e cabe a eles realizar este estudo”, criticou Ivar. “Já fizemos tudo o que podíamos. Agora cabe ao Estado executar a obra que é compromisso do governador”, concluiu.
São Sebastião
Ivar também explicou que para a conclusão da reforma da Praça São Sebastião faltam algumas modificações e correções exigidas pelo Corpo de Bombeiros, como acessibilidade e segurança, que ainda dependem do Estado.