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Tranquilo e favorável: após relação turbulenta, pela primeira vez em 2016, clima ameno tomou sessão na Câmara

Há exatamente 7 dias após a votação da denúncia que poderia desembocar em uma cassação do prefeito Ivar Cerqueira (PSB), os vereadores voltaram a Câmara, na noite de ontem, dia 31, em um clima de “paz e amor” com a administração. Aquele cenário temível de enfrentamento ficou para trás. Pelo menos na sessão de ontem.

Nos discursos na tribuna os assuntos foram os mais variados, mas em um tom ameno, bem diferente do clima que se vivenciava anteriormente quando pipocam denúncias contundentes ao prefeito.

Câmara
Após arquivamento de denúncia em que Ivar escapou de cassação clima na Câmara é de harmonia com o executivo

Ontem, ao que parece, as sugestões e críticas direcionadas a administração na semana passada surtiram efeito e a Casa foi entupida de pelo menos 15 requerimentos respondidos. A falta de respostas era a principal crítica dos vereadores e mostrava certo desdém e falta de respeito do prefeito com a Casa. Ivar deixou a sessão após a votação na semana passada, em que se livrou de uma possível cassação, por 9 votos a 4, aceitando as críticas de distanciamento com os vereadores, porém reconhecendo que iria rever sua postura.

E foi o que aconteceu. A sessão que antes se estendia até o horário regimental de encerramento, às 10:00 horas, durou menos de 2 horas. Entre os vereadores houve até certo espanto e surpresa com o enxame de requerimentos respondidos.

Queda de braços

O ano de 2015 começou com perdas na base do governo municipal com a debandada de dois vereadores, Sandro José e Pé Quente. Internamente o prefeito sofria mais pressão e o descontentamento era geral.

No plenário a queda de braço era evidente onde cada lado media suas forças. A tática era a seguinte. Os vereadores entupiam o executivo com requerimentos chegando, somente neste ano, a quase 130, e em contrapartida, o executivo empurrava como podia os prazos para respondê-los. O embate chegou a seu ápice de confronto com a criação da comissão processante, encerrada no dia 24, e CPI que continua seus trabalhos apurando possíveis irregularidades na aprovação de loteamentos.

Críticas

Vereador João Paulo pé quente/Foto:Arquivo
Vereador João Paulo pé quente/Foto:Arquivo

Ontem, houve críticas, mas o tom não foi de embate com o executivo. O vereador Toninho do PT, em voz branda, criticou a não participação de Lafaiete nos Jogos do Interior de Minas, o JIMI. “Pela primeira vez na história isso aconteceu, mas é triste para o esporte”, resumiu. Mas por outro lado, elogiou o clima de respeitabilidade ocorrida durante a votação do impedimento do prefeito. “Houve um total respeito nesta Casa, apesar das diferenças na interpretação do relatório final. Mas o resultado engrandeceu a Casa ao elevar o nível do debate”, resumiu.

Um dos mais ferrenhos neo-oposicionistas, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) persistiu na estratégia de desgastar o prefeito. Ele voltou cobrar concurso público para os procuradores municipais, explicações e transparência para os ganhos de sucumbência dos advogados da procuradoria.

Mas não se engane que este clima de amenidades entre os dois lados seria favas contadas.

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