Em nossa 2ª entrevista com os candidatos a prefeito de Lafaiete, hoje publicamos as respostas de Benito Laporte (PROS). Com 4 mandatos de vereador, ele apontou a participação popular como “carro chefe” de seu programa de governo. Benito criticou seus adversários e defendeu sua inocência em um caso que veio à tona nesta eleição quando teria sido preso em Foz do Iguaçu. “Isso aconteceu em 2013 e foi trazido agora pelos nossos adversários com o objetivo de denegrir a minha imagem” pontuou. “Destacamos a construção de um viaduto, que liga a rua Dias de Souza, na Cachoeira e bairro de Lourdes, à BR-040, completando, assim, três viadutos sobre a linha férrea e permitindo uma melhora no fluxo do Centro, diretamente a 040, tanto para o Rio de Janeiro, quanto para Belo Horizonte”, enumerou entre suas prioridades.
Cabe lembrar que as respostas foram enviadas no domingo à noite, dia 11. No dia anterior a Justiça Eleitoral havia confirmado em primeira instância a impugnação de seu vice, Júlio Barros (PT).
CORREIO – O que distingue sua candidatura das demais? Apontem-nos as diferenças com seus adversários?
Benito – Tradição, experiência, ousadia e coragem. Tenho um berço político muito forte. Meu pai foi vereador por 40 anos e também eu tenho quatro mandatos na Câmara Municipal, sendo três vezes presidente da Câmara.
CORREIO – O que motiva sua candidatura?
Benito – Já fiz as minhas contribuições junto ao Legislativo Municipal, aprendi, ganhei muita experiência e agora me sinto em condições de ocupar um cargo no executivo. Minha candidatura é motivada pelo idealismo, sou uma pessoa interessada no coletivo, na mudança e transformação da sociedade.
CORREIO – Todos nós sabemos da tarefa espinhosa do cargo e das limitações financeiras de Lafaiete. O que fará de diferente já que hoje o orçamento precário que não permite investimentos. O que fará para vencer este dilema? Como aumentar a capacidade de investimentos e recursos?
Benito – Em certa parte, eu discordo que Lafaiete é carente de recursos, porque é uma cidade polo do Alto Paraopeba e a que mais cresce, mais avança. Se existe orçamento, é possível praticar o programa de governo que propomos. Posso atrair recursos dos governos estadual e federal, como aconteceu no governo dr. Júlio, por exemplo, com a obra da extensão da Marechal Floriano.
CORREIO – Recentemente a imprensa local levantou uma denúncia de sua prisão em uma cidade do Paraná. Isso não estaria na contra mão hoje quanto tanto de fala em ética? Quais esclarecimentos o senhor daria a população sobre este imbróglio?
Benito – Qualquer situação que envolve a Justiça e seja de conhecimento público, passa a ser uma questão ética. Isso aconteceu em 2013 e foi trazido agora pelos nossos adversários com o objetivo de denegrir a minha imagem. Ético é se fazer justiça. Por isso, existe o boletim de ocorrência e o processo para que a gente possa apresentar a defesa.
CORREIO – O seu candidato a vice também está envolvido em uma possível impugnação. A coligação já teria um plano B em uma hipótese da saída de Júlio?
Benito –O dr. Júlio já conseguiu uma liminar, suspendendo a impugnação. Temos advogados competentes e a convicção de que o registro da candidatura será deferido. Enquanto isso, a campanha continua normalmente.
CORREIO – Quais critérios o senhor vai usar para a escolha de seu secretariado? Todos os cargos comissionados serão preenchidos?
Benito – Não fiz compromisso com ninguém. À medida em que for proclamada a nossa vitoria, nos reuniremos com os partidos pertencentes à coligação para avaliarmos os melhores nomes, que associem os critérios políticos e técnicos. Essas pessoas terão a devida competência para assumir os cargos nomeados.
CORREIO – Em linhas gerais quais suas prioridades de seu governo?
Benito – Saúde: carece de altíssimos investimentos, como, por exemplo, a criação do centro de especialidades, plantões nos centros regionais. Infraestrutura: verificar situações de gargalos e congestionamentos no transito, para melhorar a situação das vias públicas, a sinalização, limpeza, conservação e asfaltamento das ruas. Meio ambiente: acabar com o mau cheiro dos córregos, em bairros, como Rochedo, Gigante, Cachoeira e no próprio Bananeiras, com a ampliação das vias sanitárias, pistas de caminhada, iluminação adequada e arborização. Emprego e renda: otimizar o Sine com um cadastro mais eficiente, fazer visitas nas grandes empresas para absorver a mão-de-obra de Lafaiete e efetivar parcerias com cursos técnicos para capacitar os jovens. Educação: ampliação do número de vagas e construção de novas creches, programa de inclusão digital, universalização do uso da internet, programas de educação popular e reabertura da Escola Técnica Agrícola, no Almeidas.
CORREIO – Nos últimos 10 nos a região vive um boom econômico e alcunharam Lafaiete como de “ cidade dormitório”. O que faria para atrair investimentos e gerar renda? Como impulsionar o comércio local cuja vocação de Lafaiete é comercial?
Benito – A palavra “dormitório” se refere às grandes empresas mineradoras, que têm a mão-de-obra ativa na região de Jeceaba, Congonhas e Ouro Branco e cujas residências localizam-se em Lafaiete. Por outro lado, tem a vantagem do grande crescimento do mercado imobiliário. Lafaiete é a cidade da região, que mais cresceu em loteamentos e construção civil.
Lafaiete também cresceu muito com o ensino universitário. São mais de 50 cursos superiores, atraindo estudantes da região. Com isso você tem empregos para motoristas, professores. É a chamada “indústria do serviço”. O município recebeu ainda o investimento de lojas de portes nacional, como Casas Bahia, Ricardo Eletro e Magazine Luiza; triplicou o número de restaurantes e franquias. Isso atrai muito o consumidor, que vem das outras cidades. Lafaiete tem o grande beneficio de um comércio vigoroso, tanto que vislumbra a vinda de um shopping.
CORREIO – Nas eleições passadas Lafaiete conseguiu eleger um deputado estadual após mais de 8 anos sem representação direta na ALMG. Hoje vemos um entrevero entre o prefeito e Glaycon Franco. Como será sua relação com o deputado?
Benito – Será uma relação institucional das mais promissoras e mais produtivas. Uma oportunidade única de trabalharmos em consonância, somando com Glaycon Franco. O prefeito e o deputado devem ter ações conjuntas para que as emendas parlamentares sejam aplicadas em prol dos projetos que a comunidade precisa. Então, a nossa relação, que já no período pré-eleitoral, foi das melhores, continua sendo muito amistosa e saudável nesta fase eleitoral. Glaycon Franco fará parte do nosso governo. Vamos trabalhar juntos!
CORREIO – Considerações finais.
Benito – Esperamos que o eleitor faça a opção pelo número 90, na coligação “Juntos Por Lafaiete”. Entendemos que nossa coligação oferece as melhores alternativas, o melhor programa de governo e os melhores candidatos, mais preparados para os desafios que nos aguardam. Lafaiete precisa de duas pessoas experientes, com bagagem política, capazes de entender o momento que estamos vivendo. Eu e dr. Júlio estamos “Juntos Por Lafaiete”.