Usando a Tribuna da Câmara, ontem à noite, dia 16, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) antecipou uma notícia alvissareira para os amantes do esporte, em especial, do futebol amador.
Com suas atividades paralisadas desde a sua saída do modo de acesso a segunda divisão do Campeonato Mineiro, em agosto do ano passado, quando naufragou o projeto de profissionalização do clube, o Guarany Esporte Clube, um dos mais antigos e tradicionais de Lafaiete e do interior de Minas, está com seus dias contados para voltar a jogar em seu estádio.
Segundo adiantou o vereador, empresários sensibilizados com a nobre causa estão se unindo para reerguer o clube e seu maior símbolo: o Estádio do Alto da Vista Alegre. “A reconstrução do estádio já começou e empresários e comerciantes se uniram e já estão investindo para que ele volte a receber jogos”, comentou Pé Quente.
Já foi adquirido todo o alambrado do campo e o estádio aguarda outros investimentos. Em breve o local será limpo e com recolhimento do entulho. “O primeiro passo foi dado e vamos reerguer este clube de tantas glórias para Lafaiete. Bola para frente e que outras conquistas virão”, comemorou.
A história
Era um sonho de chegar a elite do futebol profissional quando o Guarany firmou uma parceria com o Itaúna Esporte Clube para disputar o acesso a segunda divisão. Gerou polêmica em Lafaiete a ida do Guarany a disputa do campeonato mineiro e parceria firmada com o empresário Sérgio Cândido. Torcedores criticaram duramente a forma como estava sendo tratada a formalização da parceria inclusive não haveria um contrato formal entre as partes.
Porém o projeto não vingou e em agosto de 2016 o Departamento de Competições (DCO) da Federação Mineira de Futebol (FMF) confirmou a exclusão do Guarani/Itaúna do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão já que não apresentou no prazo a regularização de um mínimo de 18 atletas. Sem jogadores, o sonho se findou naquele momento e o clube foi excluído da competição.
Antes de iniciar sua trajetória que duraria menos de 4 jogos, o estádio foi passou por para reformas, com a troca do gramado e retirada de parte da estrutura original, inclusive as arquibancadas. As obras, iniciadas em dezembro de 2013, geraram polêmica em Lafaiete.
Sérgio Cândido informou à época que estava sendo posto em prática um projeto grandioso, orçado em R$1 milhão para profissionalizar o futebol em todas as modalidades no clube. Os recursos seriam aplicados na construção da nova sede administrativa e do centro de treinamento e o Guarany foi escolhido para receber o investimento por ser o clube mais antigo da cidade. Ele garantiu que no ano seguinte o novo estádio estaria pronto para atender normas de seguranças e capacidade de público para atender exigências da FMF.
A arquibancada do estádio seria ampliada e o campo receberia o mesmo tipo de gramado utilizado na Arena do Jacaré, casa do Democrata de Sete Lagoas. O gestor chegou a afastar qualquer risco de prejuízo para o Guarany assegurando o profissionalismo do trabalho que está sendo feito.
Porém o estádio permaneceu em ruínas e sem uma solução à vista. Agora surge uma nova alternativa de reconstruir a história do Guarany