“Nós assumimos com uma demandas reprimida em serviços e obras de até 10 anos atrás e por isso peço paciência a inúmeras demandas”. Esta foi uma das declarações do prefeito Mário Marcus, durante a reunião da Federação das Associações de Bairros (Famocol), no Solar Barão do Suassuí, no início desta semana. Ao afirmar que não há milagres na administração pública, o prefeito se referiu às dívidas herdadas do ex gestor, como INSS e precatórios.
No levantamento feito pelo prefeito e divulgado às lideranças comunitárias, o valor total dos precatórios chega a R$ 32 milhões. Segundo ele, até 2020 eles terão que ser quitados e a prefeitura paga mensalmente cerca de R$ 322 mil para saldar parte da dívida. “Estamos negociações para tentarmos dilatar este prazo para pagamento”, antecipou. No ano passado, acendeu a possibilidade de bloqueio e sequestro de recursos do município, já teria estaria inadimplente com o pagamento de precatórios.
Em relação ao INSS o município paga mensalmente cerca de R$400 mil para estar em dia com suas certidões. “Se for olhar para o orçamento não temos como investir. Mas estamos com constantes contatos com todos os deputados para que encaminhem suas emendas a Lafaiete, como é o caso do deputado Bonifácio Andrada que destinará cerca de R$ 1 milhão em obras”, assinalou Mário Marcus.
Ele salientou que encontrou o município sem condições de receber recursos federais ou estaduais por falta de Certidão Negativa de débitos (CND). “Lafaiete deixou de receber ambulâncias, unidades básicas de saúde e academias por estar inadimplente. Com equilíbrio colocamos em dia nossa situação e hoje Lafaiete poder receber recursos”, garantiu.