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Vereadores endurecem discurso, exigem melhorias nos PSF’s e denunciam que médicos descumprem carga horária de 8 horas diárias

Em mais uma reunião, a saúde voltou ser o tema de atrito entre a administração e os vereadores. Na Tribuna, eles não pouparam críticas e insinuaram a troca de comando da pasta.

Caixas empilhadas no PSF Santa Efigênia/Reprodução

A vereadora Carla Sassi (PSB) puxou a fila dos descontentes e denunciou a falta de estrutura, de materiais e condições físicas de PSF’s. Uma comitiva de vereadores visitou, ontem, dia 22, as sedes do programa nos bairros Santa Efigênia e Amaro Ribeiro. “A situação é a mesma, ou talvez, pior, de quando visitamos os PSF’s em janeiro. As condições não são as ideais para atender os pacientes com dignidade. No Santa Efigênia, todos os materiais estão encaixotados para mudança que não acontece. Ali não tem condições de trabalho para os funcionários muito menos para os usuários. No Amaro Ribeiro o forro está soltando, obras inacabadas, sem condições mínimas para atender nossos cidadãos”, criticou a vereadora.

Ela denunciou quando os vereadores chegaram ao PSF do Amaro Ribeiro, por volta das 11 horas, o médico já tinha deixado o serviço. “Esta é uma realidade que não acontece só no Amaro Ribeiro, mas em outros PSF’s. Levamos hoje as situações ao prefeito Mário Marcus para que medidas sejam tomadas para melhorar os serviços dos PSF’s com a cobrança do cumprimento de carga horária por parte dos médicos”, relatou Sassi.

Ela alertou que na semana que vem os PSF’s passarão por uma avaliação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) nos quais serão mensurados os profissionais do programa, as estruturas das unidades de saúde, oferta de medicamentos, disponibilização e equipamentos e o grau de satisfação do usuário através de entrevistas. O PMAQ premia os PSF’ s bem avaliados com um incentivo de R$11 mil por mês para cada equipe. Em Lafaiete são 24 PSF”s e a perspectiva de implantação de mais 4 equipes. “O meu alerta é que nas atuais condições, Lafaiete vai perder este incremento do governo federal que melhoria ainda mais as equipes, principalmente em tempo de falta de recursos”, frisou.

Entulhos no PSF do Amaro Ribeiro/Reprodução

O vereador Alan Teixeira (PHS) também criticou a situação dos PSF’s e descumprimento da carga horária pelos médicos. “Quando eles entraram no programa já sabiam que teriam que cumprir 8 horas diárias. È inadmissível nossa cidade conviver com esta situação. Onde estão os R$575 mil destinados pelo deputado Glaycon Franco para a atenção básica? Porque não foram investidos? Ainda nada foi feito para melhorar as estruturas dos PSF’s. Além de médicos faltam materiais como seringas em postos”, questionou.

O vereador Lúcio Barbosa (PSDB) também mostrou-se insatisfeito com os resultados da secretaria de saúde e cobrou agilidade nas melhorias dos postos e PSF’s. “Como membro da comissão de saúde não posso me furtar de falar e apontar a demora em resolver diversos problemas”, assinalou.

O vereador Fernando Bandeira (PTB) denunciou a falta de seringas e tiras para medir a glicose no PSF do São Dimas. “Não podemos perder estes recurso do deputado para atenção básica”, disse. Ele defendeu que os vereadores visitem os PSF’s e postos e apresentem ao prefeito um diagnóstico dasituação precária dos equipamentos.

O vereador Carlos nem (SD) chamou alguns PSF’s de “bagaceira”. “Infelizmente esta é a situação. Esta na hora do prefeito trocar pelo menos dois secretários. Não tem mais sentido eles ficarem na administração pois não mostraram serviço”, cobrou. Conselho Também está sob a análise do Conselho de Saúde a nova agenda da saúde em Lafaiete em que os médicos serão obrigados a cumprirem 8 horas diárias com pelo menos 20 consultas. A novo modelo deve entrar em funcionamento neste mês de setembro.

Mais cobranças

Vereadores fizeram críticas diretas a situação precária dos PSF’s em Lafaiete/Arquivo

Ontem também foi aprovado um requerimento assinado por 5 vereadores em que aperta a cobranças por metas e valores gastos na saúde, como mais transparência nos gastos do setor. O requerimento cobra o relatório detalhado do quadrimestre da área de saúde que até agora não foi apresentado ao Conselho Municipal, como também a realização de audiências públicas nos meses de maio, setembro e fevereiro que até não foram realizadas. Os vereadores querem informações os valores da execução orçamentária da saúde, como o montante e fonte dos recursos aplicados e auditorias realizadas ou em fase de execução e oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação.

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