“Não é assim o que está acontecendo. Os médicos têm critérios e não vão colocar seus CRM’s em risco e ficar aplicando morfina em qualquer dor de cabeça”. Assim reagiu o vereador Lúcio Barbosa (PSDB), ontem a noite, dia 19, durante sessão na Câmara, ao comentar as denúncias de suposto uso recorrente do medicamento em pacientes pela falta de dipirona e buscopan. Vereadores estiveram na policlínica no início desta semana e constataram a falta de medicamentos. Já o vereador Pedro Américo (PT) denunciou que pacientes estariam recebendo doses de morfina em substituição pela falta de medicamentos para a cor.
O vereador e líder do governo, João Paulo Pé Quente (DEM) reconheceu que não há oferta de alguns itens de remédio, mas descartou irregularidades na aplicação de morfina na policlínica municipal. “Realmente existe a falta de medicamentos, muitos dos quais deveriam ser repassados pelos governos estadual e federal. A prefeitura está fazendo sua parte. Os médicos não estão aplicando morfina em qualquer caso”, assinalou.
O vereador Pedro Américo voltou a defender a apuração do caso e disse que as críticas construtivas ajudam o governo. “Nós temos que continuar apurando o caso e voltar a policlínica, pois este é o nosso papel. Quando a gente critica é para ajudar o governo. Faltam sim medicamentos, muitos falam que está agarrado no jurídico, mas não é falta de dinheiro e sim de gestão”, disparou.
Já o vereador Carlos Nem (SD) criticou a situação da policlínica, em especial, os médicos. “Não é novidade que a policlínica é a campeã de reclamações. Fui no horário de almoço lá e constatei que no quadro havia os nomes de 4 médicos em atendimento, porém apenas um estava disponível. Os outros estavam com suas salas fechadas e eles estavam no Whatsaap”, denunciou.
Já a vereadora Carla Sassi (PTB) antecipou que já agendando uma reunião entre a direção da policlínica, prefeito, setor jurídico e secretaria de saúde para debaterem a situação. “Vamos analisar a situação envolvendo todos os personagens”, refletiu.