No rosto corriam as lágrimas enquanto as mãos lançavam flores no túmulo do jovem Lucas Silva Henrique cuja morte comemorava a passagem de 30 dias. Para prestar uma homenagem póstuma, familiares promoveram uma rápida homenagem no cemitério Vale do Ipê, no final da tarde de ontem, dia 27. Eles rezaram um pai nosso de mãos dadas e clamaram por justiça. Ao final uma salva de palmas lembrou a morte prematura de Lucas. Foi um momento emocionante, de dor e de indignação. O grupo vestia uma camisa branca com a foto de Lucas e a frase “saudade eterna”.
Em seguida, as pessoas seguiram com cartazes e faixas de protestos pelas ruas de Lafaiete e chegaram até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição onde ocorreu uma celebração religiosa. Ao final, os manifestantes seguiram até o bairro São João.
“O que a gente cobra é justiça no caso. Queremos que este caso seja acelerado e que o autor pague pelo crime e não que este seja mais um caso que caia no esquecimento. Por isso estamos em alerta”, declarou Tatiane Aparecida, tia de Lucas.
Já a madrinha do jovem assassinado, Glauce Campos, foi tomada de emoção, tristeza e revolta. “Mais que justiça humana nós confiamos na divina, pois esta não falha. O que nós familiares pedimos é justiça e que o autor pague pelo crime de tirar a vida de um rapaz inocente e com todo um futuro de vida pela frente. Sabemos que ele está nos braços do Pai e está muito agradecido por nós todos”, desabafou Glauce que também tida de Lucas.
Esta foi a 3ª manifestação promovida por amigos e familiares de Lucas. A primeira aconteceu na Missa de 7º Dia e a segunda no dia 15 em frente ao Fórum da Comarca quando aconteciam depoimentos de testemunhas e do autor.
Histórico
Lucas da Silva foi assassinado no dia 26 de dezembro quando um menor de 17 anos desferiu um golpe de faca. O motivo teria sido ciúmes do autor, já que sua ex-namorada estaria iniciando um relacionamento com a vítima. Três dias após o assassinato, o menor apresentou à delegacia de Polícia Civil de Lafaiete quando foi ouvido pela delegada Fabiana Leijoto. O autor está acautelado em uma unidade sócio educacional em Sete Lagoas.