Uma das áreas mais atingidas pela pandemia foi a educação. Há 11 meses totalmente fechados, os donos de escolas e creches particulares estiveram ontem (19), à noite na Câmara Municipal para buscar o apoio dos vereadores para a retomada das atividades.
“Nós estamos aqui em prol da educação. Estamos há quase um ano parados e aguardamos um decreto do prefeito para que possamos retomar nossas atividades. Estamos aqui para buscar apoio dos vereadores e voltar de forma gradual dentro dos protocolos. Se Enem aconteceu porque não podemos funcionar?”, questionou um dos donos de escolas.
Segundo ele, o setor emprega, 1,5 mil trabalhadores diretos e 8 mil indiretos.
O Presidente do Conselho de Saúde e membro do Conselho de Educação, Roberto Santana, defendeu o retorno das atividades tanto da educação particular como da pública. Segundo ele, os protocolos sanitários já foram aprovados pelas autoridades dos setores, faltando apenas o decreto do prefeito Mário Marcus (DEM).
Na semana passada os donos de escolas se reuniram com o Chefe do Executivo quando foi apresentada proposta de retorno referenciada nos protocolos já aprovados pelo Município. “Mais que as escolas públicas, o setor de educação particular vem de adequando, se capacitando para atender ainda mais os protocolos, com distanciamento e outras medidas. Não vejo mais motivos para manter a atividade fechada”, assinalou.
Segundo ele, seja em qualquer onda de classificação, as escolas vão seguir protocolos distintos desde o não presencial ao modelo híbrido.
Pelo calendário aprovada, as aulas da educação particular voltam a partir do dia 1º de fevereiro, mas a indefinição marca o setor. “Estamos contra o tempo, mas que temos que nos preparar, divulgar as matrículas e outras ações. Fizemos uma pesquisa recente com os pais e mais de 80% aprovou a volta às aulas. Contamos com sensibilidade de nossas autoridades para que possamos funcionar plenamente com a segurança exigida”, disse uma proprietária de escola.
Para a maioria dos donos, o retorno do setor particular vai aliviar o público devido a grande evasão. “A área pública, seja estadual ou municipal, terá um grande desafio, para retomar suas atividades e ainda não estão preparados, ao contrário das particulares”, afirmou Roberto.
Denúncias
Uma das denúncias apresentadas pelos donos de escolas, foi o funcionamento clandestino de creches em Lafaiete, sem quaisquer condições sanitárias e até mesmo maus tratos. “Como fazem os pais que precisam trabalhar”, questionam os donos de creches.