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Grandes bancos deverão fechar 30% das agências para manter rentabilidade

A crise econômica causada pela pandemia afetou todo mundo. E os bancos não ficaram de fora dessa. No Brasil, os cinco maiores bancos do país, com quase R$ 8 trilhões de ativos em mãos, agora precisam enxugar 30% de sua rede de agências físicas, em no máximo três anos. A consultoria alemã Roland Berger é responsável pelas projeções. Os dados foram apontados em estudo exclusivo, e o Estadão é fonte das informações.

Ou seja, isso significa fechar as portas de cerca de 5 mil unidades, de um total de 16.704, incluindo Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal. O Banco Central divulgou os dado no fim de fevereiro. Para saber mais, continue lendo.

Grandes bancos deverão fechar 30% das agências para manter rentabilidade

Entre outros fatores, esse fechamento de agências resulta da pressão por corte de custos e eficiência diante do novo cenário econômico. Ou seja, se antes essa já era uma realidade a ser encarada, devido à multiplicação de fintechs, com a pandemia esse processo apenas foi acelerado. De acordo com o presidente da consultoria alemã, em entrevista ao jornal Estadão, a perspectiva é que o fechamento dessas agências deva ocorrer em no máximo dois anos.

Contudo, apesar do cenário e da necessidade da redução, não é como se os bancos não estivessem faturando. De acordo com ele, os bancos brasileiros ainda têm uma rentabilidade considerada elevada. Porém, para manter essa alta, é preciso que as instituições se transformem por completo, não apenas com o fechamento de agências físicas.

Bancos buscam entregar mais eficiência

Essa busca por eficiência, de acordo com a consultoria alemã, vai além do corte de gastos e custos. É preciso uma reestruturação completa da dinâmica do relacionamento com os clientes. Na entrevista do Estadão, o presidente da consultoria, Antônio Bernardo, disse que a pandemia mudou muito o comportamento de compra dos clientes. Assim, o cenário é de usuários muito mais digitais. Então, na visão dele, grandes bancos têm de fazer em seis meses o que antes fariam em 6 anos.

Nos últimos tempos, os bancos já têm providenciado uma repaginação de suas agências no Brasil. Nesse sentido, tem se buscado tanto a redução de algumas unidades, quanto uma maior especialização em outras, com foco em segmentos específicos. Entretanto, o movimento, na opinião de especialistas e da consultoria alemã, ainda é lento.

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