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Desenhos de artista lafaietense ilustram apostilas de mais de 12 mil alunos

Secretaria Municipal de Educação (Semed) iniciou a entrega das apostilas Atividades Básicas Curriculares – ABC, para os  mais de 12 mil alunos da rede pública municipal de ensino. As apostilas ABC foram elaboradas pelos professores lafaietense e estão sendo repassadas às escolas.

Mas um artista ilustrou a capa do material ressaltando o patrimônio histórico e outros temas da atualidade. Jorge Inácio contemplou em seus desenhos marcos históricos de nossa cidade, como o Museu Antônio Perdigão, como também valorização da diversidade de cor e também a inserção social de grupos, como os cadeirantes. Os desenhos também a reforçam a temática ambiental.

O artista

O artista autodidata foi convidado pela Semed em um trabalho voluntário. “Não tinha ideia do que teria de criar para o visual da apostila. Então fui juntando imagens, primeiramente os pontos arquitetônicos da nossa cidade (que inclusive já foram derrubados) como o abrigo de ônibus, o cine Regina (que foi um dos lugares que mais frequentamos na nossa juventude, nos fins de semana), o Museu do Antônio perdigão, que antes foi a cadeia pública e mais alguns imóveis que se ainda não fora ao chão, certamente estão com os dias contados, como disse Caetano Veloso na música Sampa: “da força da grana que ergue e destrói coisas belas”, disse Jorge a nossa reportagem.

“Desenhei crianças plantando uma árvore, temos de pensar no meio ambiente o tempo todo. Um menino cadeirante, pois mobilidade urbana é uma necessidade de toda hora”, completou o artista citando a seu aguçado apelo social.

Jorge apontou que a prioridade é a educação (e saúde) no país, “tão castigado pela pandemia e a cultura tão maltratada nesses últimos tempos”.

Jorge nasceu na década de 50 do século passado em Lafaiete, já tomou a vacina contra covid-19 e mora atualmente em Jacareípe, litoral capixaba.

“Sou um lafaietense orgulhoso de nossa cidade, sinto muito que por esse isolamento sanitário tenha de ficar afastado daí. Sinto muita saudade de tudo e de todos. Mas acho que está prestes a ter um fim. Morei em alguns outros lugares e hoje estou em Jacaraipe, olhando o mar de longe, pois o lockdown não nos deixa sair de casa (com toda razão). Então fico quietinho desenhando o tempo todo, lendo e ouvindo músicas. Esperando o dia de sair, viajar de novo e poder abraçar os amigos”, finalizou.

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