Na última reunião da Câmara de Itabirito, realizada no dia 31 de maio, o vereador Renê Butekus (PSD) apresentou algumas denúncias de irregularidades éticas na Unidade de Pronto Atendimento da cidade. De acordo com ele, um motorista de ambulância estava tendo uma relação sexual com uma funcionária da radiografia no local de trabalho e foram pegos no ato.
O vereador leu, em plenário, uma mensagem recebida pelo Whatspp com a denúncia. Nela, foi dito que essa não foi a primeira vez que houve relação sexual envolvendo os dois profissionais dentro do ambiente de trabalho. Além disso, foi divulgado novas denúncias sobre o caso.
“Boa noite. Eu disse a você o que infelizmente está ocorrendo na UPA e providências não estão sendo tomadas. Com a vacinação na área da Julifest sempre vão o motorista com uma técnica de enfermagem. Então, em um dia desses, uma técnica como não conseguiu entrar em contato com o motorista, pegou a ambulância e voltou para a UPA, deixando o motorista para trás. Ela não tem habilitação para dirigir a ambulância. Sabe o que deu? Pizza. Por esses dias, outro caso veio a tona. Uma profissional da área do raio X fazendo sexo com o motorista de ambulância no setor de raio X. Não foi só uma vez. Inclusive, o paciente precisava de cópia do raio X para acompanhamento médico, mas se perdeu por causa da pornografia do local de trabalho. Sabe o que deu? Nada. Então, que gestão é essa? Onde todos fazem sem ter uma posição da nossa coordenação com relação aos erros ocorridos. E o que é pior, ficamos todas que trabalhamos na UPA, principalmente à noite, mal faladas. Precisamos que alguém nos ajude com relação a isso”, leu Renê.
Após a leitura, o vereador concordou com a mensagem recebida e critica o poder público, dizendo que o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira, e seu secretariado não saem da cadeira para ir a campo notar as irregularidades que estão acontecendo na cidade.
“Eu tenho que concordar, porque na UPA tem idosas, tem mães de família, tem pais de família. Aí eu falo que a Prefeitura é casa de “Mãe Joana” e ninguém acredita. Eu peço que o prefeito descole um pouquinho da cadeira e vai lá visitar a UPA. Fica vendido na cadeira, ele o secretário, porque não vai a campo. Então isso é uma coisa muito séria que a gente tá falando aqui dentro. Isso é caso de justa causa, é demissão imediato. Mas como eu disse que é uma casa de mãe Joana não é de se assustar com essas essas práticas não”, declarou o vereador.
A Prefeitura de Itabirito esclareceu que teve conhecimento da ‘suposta’ ocorrência apenas através do relato oral feito pelo vereador durante a reunião ordinária da Câmara Municipal e que a Secretaria de Saúde tem se dedicado em apurar os indícios da potencial irregularidade. Ainda de acordo com a administração municipal, os funcionários em questão foram reunidos para se ter uma ampliação na apuração dos fatos. Por fim, segundo a nota do município enviada à redação do Mais Minas, ‘não há qualquer indício, o que leva a Prefeitura a lamentar que, ainda que em caráter sigiloso, o vereador não tenha apresentado nomes dos eventuais praticantes, de forma a colaborar na apuração, em vez de tão somente utilizar a tribuna da Câmara para uma denúncia sem substância e sem a magnitude requerida pelo caso‘.
Por fim, a Prefeitura de Itabirito garante que segue com a apuração, mas fez questão de exaltar ‘o profissionalismo habitual e a dedicação dos servidores do raio-X e motoristas neste momento de pandemia em que tais serviços públicos confirmam sua essencialidade’. (Mais Minas)