O caso gerou revolta no dono do animal, que estava com ele há 11 anos, e em pessoas que presenciaram a cena. O policial alegou que foi atacado pelo animal
Um sargento da Polícia Militar matou um cachorro nesta quinta-feira (24) no bairro Letícia, em Venda Nova, Belo Horizonte. O caso gerou revolta no dono do animal, que estava com ele há 11 anos, e em pessoas que presenciaram a cena. O policial alegou que foi atacado pelo animal.
De acordo com o boletim de ocorrência, o dono do cachorro, o analista de sistemas Alberto Luiz Andrade Simão, de 55 anos, contou que prendeu Yankee, nome do animal de estimação, por meio da coleira a um poste de ferro e foi comprar carne em um supermercado.
Segundo ele, uma criança o avisou que o cachorro teria soltado e saiu correndo pela avenida Elias Antônio Issa. No meio do caminho o cão dele e a cadela do policial se estranharam e o militar atirou contra o animal.
Ainda de acordo com o analista de sistemas, mesmo com o cão caído ao solo, o militar deu outro disparo. Segundo o boletim de ocorrência, nesse momento, o dono do animal ferido disse: “Você é louco, matou meu cachorro”. E o autor dos disparos disse que ele era irresponsável e que não deveria deixar o animal solto na rua. O tutor de Yankee alega ainda que o militar disse que ele tinha sorte por não levar um tiro na cara.
Já a polícial que estava à paisana contou que transitava com sua cachorra filhote para ir até um pet shop na avenida quando o outro cachorro veio em sua direção. Na versão dele, o animal tentou atacá-lo e investia contra sua cadela. Ele disse que gritou contra o cão que continuou o atacando.
O militar alegou que deu um primeiro disparo é que mesmo ferido, o animal continuou tentando atacá-ló e, por isso, ele atirou novamente. A reportagem procurou a Polícia Militar sobre o caso e aguarda retorno.
Cachorro era adotado e estava há 11 anos com a família
Em um vídeo nas redes sociais, Simão lamentou a morte do animal de estimação. “A dor é grande, o Yankee morreu, é um cachorro de adoção que veio para minha casa quando meu filho tinha 4 anos. O amor dos dois é imenso. Fica uma tristeza e uma revolta por que se a pessoa faz isso é por que se sente impune, sabe que vai escapar ileso disso”, relatou.
O analista de sistemas disse ainda que o cachorro era muito dócil. “Ele nunca atacou ninguém, era um cachorro até bobo, ele só queria brincar correndo e eu correndo atrás dele, 20 minutos. Meu cachorro era um vira-lata gente boa, amigo de 11 anos”, conclui.
FONTE O TEMPO