19 de abril de 2024 10:02

Bandeira e Pé Quente divergem sobre a situação da saúde e antecipam disputa pela sucessão na Câmara

Vereador João Paulo/Arquivo

Na sessão da Câmara, nesta terça feira, dia 15, os vereadores Fernando Bandeira (PTB) e João Paulo Pé Quente (PSB) protagonizaram uma discussão que antecipa a disputa a sucessão do Presidente Sandro José (PSDB), eleição que ocorre antes do Natal. Desde a legislatura passada os dois mantém um tom amistoso e cordial do relacionamento, mas se estranharam em torno da situação da saúde no município. Bandeira cobrou da secretaria municipal de saúde que detalhe no Plano Plurianual (PPA), a ser votado na Câmara, os valores a serem gastos na saúde em 2018, enumerando o setores dos quais serão investidos as verbas como as metas previstas. “Sugiro ao prefeito que envie todos os gastos e verbas detalhados por áreas na saúde para podermos fiscalizar o cumprimento das metas. Este planejamento servirá para podermos acompanhar para onde estão sendo direcionados os recursos, já que a gente percebe são muitas as reclamações na área da saúde em Lafaiete. Caso o prefeito não envie ou não cumpra Plano Municipal de Saúde, o conselho de saúde pode vir a travar verbas o que pode prejudicar os cidadãos. Este é o meu alerta para que isso não aconteça”, disse, pedindo ao líder do Governo na Câmara, João Paulo Pé Quente, que dê atenção a esta situação. “A saúde precisa de planejamento e a aplicação dos recursos tem de ser acompanhadas e compartilhadas com o conselho”, disse.

Vereador Fernando Bandeira/CORREIO DE MINAS

A possível intervenção do conselho soou como uma insinuação em tom ameaça ao governo e Pé Quente saiu em defesa da administração. “Muito me admira agora o ex secretário de saúde e hoje presidente do conselho de saúde (Roberto Santana) afirmar que vai travar recursos sendo que durante 4 anos ele teve a caneta á mão para melhorar a saúde e nada fez. E o que vimos foi o contrário. Um caos setor. Não temos vara de condão para resolver todos os problemas em menos de um ano. Isso é politicagem. A saúde acabou na gestão anterior. Não venham com essa conversa que vão travar as verbas, porque antes não o fizeram?”, disparou. Fernando pediu novamente a palavra e questionou seu colega afirmando que não citou o nome do ex secretário como também não disse supostamente que o Conselho travaria recursos da saúde. “O que eu disse foi um alerta ao prefeito já que caso isso ocorra quem vai pagar o pato é o povo e ele virá a esta Casa para cobrar medidas de todos nós. Aí eu quero ver! Não participo do conselho muito menos estive com o ex secretário. Agora quem vive de museu é passado. Eu não apoiei o prefeito e desde a primeira hora da sua eleição estou aqui votando pelo bem de Lafaiete e apoiando todas as suas medidas. Eu não tenho bandeiras quando defendo a saúde. Se o ex governo deixou fazer isso ou aquilo já passou”, disparou, citando a polêmica recente do repasse dos quase R$600 mil a saúde primária que seriam destinados aos hospitais. “Ele está fazendo politicagem pura. O que eles não fizeram agora querem impor que tudo se resolva em menos de um ano”, polemizou. “Eu não disse que o conselho vai barrar, mas ele pode e tem autonomia, caso entenda, que esta medida seja necessária. Mas não disse que vai barrar”, contra atacou Bandeira, em meio ao tiroteio verbal.

O vereador Alan Teixeira (PHS) e Carla Sassi (PSB) devem apresentar ainda semana um requerimento cobrando da secretaria de saúde um detalhamento de gastos e de recursos, como as metas a serem cumpridas no Plano Municipal de Saúde para 2018.

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