CARNAVAL PROLONGADO

Vivemos esse tempo diferente e difícil de Pandemia. Jamais o mundo tivera passado por uma experiência tão tresloucada como essa. Nem nos tempos das maiores pestes, nem das supostas maiores tragédias da humanidade. Reclusão. Distanciamento. Isolamento. Terror midiático. E mentiras, muitas mentiras. Se nem tudo são mentiras, quase tudo não é verdade. Faz tempo que ando meio desconfiado dessas informações e não me desce tão facilmente o relato de diário de tantas milhares de mortes. Não se morre de mais nada no país, desde abril deste ano. Só se morre de covid-19. Cá para nós, hein? Quando saberemos, de verdade, dos reais números de toda essa tragédia? Espanta-me a tranquilidade com as notícias são absorvidas e assimiladas, sem se quer, minimamente, se questionar a situação, não é mesmo? Além do mais, de uma hora para outra e diante do agravamento da contaminação e da expansão do Corona, todos nós abrimos mão de nosso direito mais sagrado: nossa liberdade. Entregamo-nos todos a um Estado, que “mal-mal” se mantém de pé, nosso direito de ir e vir. Ao longo dos últimos meses se implantou, por causa da TV e de uma certa lavagem cerebral, sobretudo, um estado de sítio e de terror no país. E muita gente acabou ficando neurada com essa situação. Precisamos de nos preparar para juntas os cacos que irão restar de tudo isso… e já lhes adianto: teremos graves problemas emocionais e psicológicos. Nem vou falar da gravíssima questão do mercado de trabalho por enquanto. Ainda estou entre os muito poucos que acreditam que o isolamento social poderia ter sido implantado numa outra perspectiva, com mais critérios e outros discernimentos. De uma hora para outra nos vimos cumprindo prisão domiciliar, sem que, ou nos tivessem preparado para tanto ou sem que nós nos preparássemos individual e comunitariamente. Houve como que um passo desacelerado diante de um quadro de tragédia irrefreável. Bem verdade também que as coisas foram se atropelando. No fundo no fundo, ninguém estava preparado para tal, visto que o tsunami implantado pelo Coronavírus, de quem já tomei profundo ranço e com quem nem quero conversa, colocou o mundo de ponta-cabeça. Nem a mente mais fértil, nem o imaginário mais audacioso poderia se dar conta destas questões. Certo é que vivemos um carnaval prolongado, porque está aí estampada a neura do uso constante de máscara e tantas outras questões, que, oportunamente, parece que nosso carnaval, totalmente atípico, e prolongado não acaba mais; vamos abordar neste nosso retorno a esta coluna… Jogo de cintura……. aliás jogo de cintura terão que ter os times de futebol com essa chatice sem fim de partidas sem torcida……. com aquela estupidez inventada aqui em Minas Gerais de colocar um DJ tocando vozes de torcida em estádio de futebol, para ludibriar meios de comunicação, dando a falsa impressão de estádios lotados e torcida entusiasmada, fazendo mixagens de torcida alvoroçada…. vai saber, né? Pois é. Hic sumus! Aqui estamos… e como dizem por aí: vamos que vamos!

Jogo de Cintura – Carnaval: Sodoma e Gomorra

Não haveria como escapar. O país paralisado desde o final de ano. E agora é carnaval. 5 a sete longos dias de folia, brinquedos e folguedos. Sofrimento camuflado em diversão. Em todos os níveis. Libertinagem corre solta, fruto de atitudes irresponsáveis e inconsequentes. Tudo muito complicado e difícil de aceitar e entender. Neste período, aparece uma exacerbada compreensão de liberdade, que, inevitavelmente, descamba para a libertinagem. Tudo é permitido, embora nem tudo nos convenha, como alerta o apóstolo Paulo.  Nossos jovens e adolescentes fazem seu mais intenso contato com o mundo da promiscuidade e das sevícias…. Parâmetro moral inexiste ou fica desativado por este período. Vale Tudo. Só não vale ser politicamente correto. Sodoma e Gomorra ficam debaixo do chinelo. Pobrezinhas. Daqui a nove meses, o resultado aparece. Famílias desfaceladas. Separações, divisões, clima de guerra fratricida. Irmãos matando irmãos. Tudo volta a funcionar somente depois do carnaval. Um povo que vive no contraditório: problemas graves na área da educação; saneamento básico; segurança pública; má administração pública em todos os níveis. Uma sociedade cada vez mais marcada por aparecimentos de novas e abastadas classes, que vão se transformando em castas sociais. Haja vista como estão desniveladas as remunerações dos servidores com aquilo que ganham os trabalhadores comuns, hoje no iminente risco de perderem seus mínimos direitos sequer a uma aposentadoria razoável. Os exorbitantes salários com os mais variados penduricalhos constitucionais dos poderes da República contrastam com a miséria da maioria da população. Estamos criando nababos e marajás na administração pública. Não podemos ficar indiferentes ao rompimento das estruturas democráticas, vivendo uma experiência de democracia, que engatinha ainda……. O carnaval só vem nos lembrar que vivemos com máscaras e das máscaras da indiferença do nosso dia a dia. Não importa nada, a não ser aquilo que é do nosso interesse. O bem comum que se dane! Importa aquilo de que eu preciso. Até quando viver com máscaras? Já dizia e cantava o poeta Cazuza: “que país é este?”

Jogo de cintura – 14 anos sem Padre Ermano

Pe. Ermano, 14 anos!

Tempus fulgit! Axioma latino para expressar a celeridade como o tempo corre e corre veloz, como se já não bastasse correr, mas ainda tem que ser veloz. Neste último dia 01 de fevereiro celebramos os quatorze anos de falecimento de nosso saudoso Pe. Ermano José Ferreira. Muitas lembranças, muitas risadas, algumas dificuldades, mas sempre no coração a presença ímpar e engraçada de um home que aprendeu em meio às agruras da vida a dar boas risadas de si e dos outros. Quantas e quantas vezes eu não fui à casa paroquial do São Sebastião conversar com ele, bater um bom papo, com a certeza de muitas risadas garantidas. Era um exímio imitador das pessoas. Um grande contador de causos. Suas histórias eram formidáveis. Encenava conversas entre ele e outros padres, entre ele e outros bispos, de modo especial seus queridos e amados bispos com os quais conviveu. Muito engraçado tudo. E muito engraçado em tudo o que fazia. Quem o conheceu, certamente terá sido contagiado pela sua presença jocosa e benfazeja. Era um festeiro ambulante. Para além de encenações, ele gostava de falar com todo o seu corpo. Mãos enormes, coração grande. Sensibilidade à flor da pele. Teve alguns dissabores, algumas frustrações em sua vida de padre. Quem não as tem? Soube superar as dores e suportar as incompreensões. Aceitou com serenidade os desafios. Seu mês de maio era tão particularmente seu, quanto suas crianças que o acompanhavam no telefonema para o céu, durante as coroações, para falar com Maria, nossa mãezinha querida e a mãe de Jesus. Somente ele o fazia e somente ele sabia fazer do seu jeito e da sua maneira. Não era tão simples quanto pudesse parecer! Precisava de talentos. E ele os tinha de sobra. Participar com ele dos encontros do clero era certeza da piada pronta, do causo extravagante e dos repuxados da face e das caretas que fazia maravilhosamente bem, nas encenações de suas conversas com seus interlocutores. Era um artista, que não encenava, vivia seu papel de pai, de padre, de amigo, de conselheiro, de pastor zeloso que confortava e acolhia a porção do rebanho do Senhor que lhe fora confiado. Muitas pessoas ficaram marcadas na cidade pelo seu carisma e pela sua presença. Não era como alguns chegaram a pensar algumas vezes. Era na verdade um grande sacerdote e um homem de Deus. Sua morte trouxe para todos nós um susto e uma perda quase irreparável. Ninguém será como ele. Ninguém vai superar suas qualidades e virtudes. Ninguém vai, sequer, conseguir chegar-lhe aos pés. Deus o recompense pelo bem que fez entre nós. A resposta de sua presença marcante na sociedade de Conselheiro Lafaiete veio na multidão que acompanhou seu consagrado corpo até o Cemitério N. Sra. da Conceição. O tamanho do sentimento de sua perda veio no choro incontrolável de Dom Luciano, quando tivemos que autorizar sua exumação, sob queixa havida na delegacia. Ali naquele choro de Dom Luciano pude entender quanto um padre, independente de quem seja, é importante para um Bispo que conhece seus colaboradores mais diretos. Obrigado, Pe. Ermano, pelo bem que fez a todos nós. Que não nos esqueçamos nunca da sua alegria que foi marca perene de sua existência. Deus o recompense! Requiescat in pace!

Jogo de cintura – Fake News

Na encruzilhada institucional

O Papa Francisco nesta última quarta-feira tocou num assunto que nos atinge a todos, sobretudo nestes tempos de redes sociais e neste território sem lei, chamado internet ou rede mundial de computadores. Ninguém sabe mais distinguir a verdade das tão comentadas “fake News”. O bicho está pegando e ninguém sabe para onde ir. Desde 1972, o Papa Paulo VI escolhera para o Dia das Comunicações Sociais o tema da informação “a serviço da verdade”. Precisamos de um jornalismo que “não queime as notícias”, mas busque sempre a verdade e seja sempre “comprometido a indicar soluções alternativas às “escalation” do clamor e da violência verbal”. A desinformação desacredita as pessoas e fomenta conflitos nos lembra o sumo pontífice. Sobre as falsas notícias, observa o Papa, elas visam “enganar e até mesmo manipular o destinatário”. Observa que às vezes sua difusão visa “influenciar as escolhas políticas e favorecer os lucros económicos”. Hoje em dia, sua difusão “pode contar com um uso manipulador das redes sociais” que tornam “virais” as notícias falsas. E não temos muito o que fazer e o drama da desinformação, adverte Francisco, é “o descrédito do outro, a sua representação como inimigo” que pode até mesmo “fomentar conflitos”. Francisco destaca que esta atitude muitas vezes afunda suas raízes “na sede de poder” que “se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração”. Uma dolorosa constatação é que as Fake news baseiam-se na “lógica da serpente”, nunca são inofensivas e miram atingir a honorabilidade e a dignidade das pessoas. Todossomos chamados a contrastar essas falsidades e chamar a atenção para as “iniciativas educativas” que ajudam a “não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento”. E aqui o Papa, voltando ao Livro do Gênesis, observa que, na base das notícias falas, há a “lógica da serpente” que, de alguma forma, tornou-se “artífice da primeira fake news”. O tentador, lembra o Sumor Pontífice, “assume uma aparência credível” e concentra-se “na sedução que abre caminho no coração do homem com argumentos falsos e sedutores”. Precisamente como as notícias falsas. Este episódio bíblico mostra que “nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas”, já que também “uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos”. A busca da verdade é o mais radical antídoto ao vírus da falsidade “Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras – escreve Francisco, citando Dostoevskij, autor que muito aprecia – chega ao ponto de já não poder distinguir a verdade”. E precisamente a verdade sublinha o Papa é o antídoto mais radical ao “vírus da falsidade”. Portanto, ampliando o horizonte, o Papa enfatiza que a “libertação da falsidade e a busca do relacionamento” são os “dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis”. As pessoas e não as estratégias, sublinha o Papa, são o melhor “antídoto contra falsidades”. As pessoas, acrescenta, que “livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade”. Evidencia assim a responsabilidade dos jornalistas ao informar. O jornalista, observa a Mensagem do Papa, é o “guardião das notícias” e tem a tarefa, “no frenesi das notícias e na voragem dos “scoop”, de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a “audience”, mas as pessoas”. A Mensagem de Francisco termina com um forte apelo para um “jornalismo da paz”. Não se trata, adverte, de um “jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves”, mas de um jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a “slogans” sensacionais e a declarações bombásticas”. Serve, escreve o Papa, um jornalismo “feito por pessoas para as pessoas, um jornalismo como “serviço”, que dê voz a quem não tem voz. O documento se conclui com uma oração inspirada em São Francisco. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão, é a invocação do Papa, “onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade; e onde houver falsidade, fazei que levemos verdade”. Nestes tempos de encruzilhada institucional, é bom pensar um pouco mais a fundo o que nos diz o grande líder do mundo católico. Ontem foi um dia em que o picadeiro mais uma vez teve a tentação de ser mais importante que uma sala de Tribunal. Há por aí palhaços que se prestam a isso, sem se preocupar profundamente com a defesa da verdade. Estamos mais para o “domínio do fato” que o fato de domínio.

Um ato de covardia contra Padre Roberto

Atos de Covardia!

Terminamos o ano de 2017 sob a égide de tempos nebulosos e confusos, dado que a sensação de violência e o sentimento de impunidade pervadem todos os tipos de relacionamento. Nossa cidade está assustada com alto índice de violência. Por mais que uma ou outra autoridade possa tentar dizer que os índices estão dentro da normalidade ou do suportável, não é bem isso que sentimos. Nossa sensação de intranquilidade é muito alta. Não ajuda uma falsa compreensão do Estatuto do Desarmamento, ora em vigor no país, pois se está proibido o uso e/ou posse de arma, por que os bandidos continuam cada vez mais armados e o cidadão de bem não goza de segurança dentro da sua própria casa, não tendo os mínimos recursos para se defender e para defender sua propriedade particular e sua própria família? Lafaiete nesta virada de ano foi marcada por pelo menos três fatos escabrosos, sobre os quais eu me pus a refletir, e sem a pretensão de fazer ou emitir juízo de valores sobre qualquer um deles, mesmo que tenha sentido uma certa revolta no meu coração. Um jovem esfaqueado no portão da sua casa, uma cadela com uma faca caseira atolada em seu dorso e a violência física cometida contra o padre Roberto de Carvalho Bruno, no Bairro Santa Matilde, numa configuração assustadora, pois a abordagem foi feita em cima de um dos preceitos mais caros ao cristianismo, qual seja o sagrado dever da caridade. Usar uma criança, uma mulher aceitar este papel, para adentrar uma residência, com aquele alto índice de violência, causando graves e sérios hematomas no rosto do religioso, que deverá se submeter a cirurgia reparadora. Três situações distintas, cujas consequências são desastrosas, pois que não se sabe ao certo quais as desastrosas repercussões que isso vai ter no coração das pessoas envolvidas. Cada um teve uma repercussão diferente. Não vou entrar no mérito da questão, mas alguma coisa está errada nisso tudo. Precisamos de rever muita coisa: Estatuto do Desarmamento, Estatuto da Criança e do Adolescente e Revisar a Doutrina dos Direitos Humanos. Uma família foi destroçada nas redes sociais, mesmo sem ter acusação formal de que tivesse feito ou cometido o crime contra a cadelinha apunhalada covardemente pelas costas. O jovem assassinado na porta de cada teve a infelicidade de ter sido morto nos mesmos dias da cadelinha apunhalada. A escala de valores foi para os ares, pois que a violência contra a cadelinha teve mais repercussão do que o assassinato do rapaz. Aí para não ficar sem uma péssima repercussão o alto índice de violência na cidade, tivemos nesta última semana uma agressão inominável contra um religioso em nossa cidade, que não teria oferecido qualquer resistência física, diante do ocorrido. O sórdido mecanismo usado foi dos mais execráveis…. Mulher e criança de colo, suplicando ajuda humanitária. Não é para fechar nossos corações a qualquer tipo de ajuda de pessoas depois de uma certa hora da noite? Ainda bem que vizinhos perceberam algo estranho e acionaram imediatamente a polícia, para socorrer a vítima já ensanguentada e transtornada. Para um trauma deste, somente o tempo para ajudar a encaixar tamanha humilhação. Ninguém se recupera de uma agressão desta da noite para o dia. Ao prezado padre Roberto de Carvalho Brunho, nossa solidariedade e nosso incondicional apoio, pelo seu belíssimo trabalho à frente da comunidade do Bom Pastor. Que o Bom Pastor, Jesus Cristo, Nosso Divino Salvador, nos dê a serenidade indispensável para suportar este estado de insegurança que invade nossas vidas. Estão banalizado o sagrado dom da vida, de uma forma ou de outra.

Jogo de cintura – Capela de Santa Efigênia

A belíssima Capela de Santa Efigênia, plantada no alto da colina, no bairro do mesmo nome, tem uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade. Ou pelo menos tinha. Como em todo o centro urbano, também ela não escapou da reestruturação de seu entorno e sofreu, como de fato vem sofrendo, com a alteração topográfica dessa região. Situado num lugar de fortíssimas correntes de ar, ao longo dos últimos 30 a 40 anos, vinha sofrendo ataques fortíssimos na sua estrutura de telhado, aparecendo goteiras e vazamentos, que comprometiam toda a sua estrutura. Precisava de uma reforma urgente, pois tanto o telhado quanto o forro estavam em situação calamitosa. Como é um bem tombado desde 2002, a curatela do Patrimônio Histórico da Comarca entendeu elaborar um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, para sanar as impropriedades advindas com a necessidade de novas construções no seu entorno e para corrigir imprecisões na rua que dá acesso à frente da Capela, decidiu-se, com a colaboração de empresários envolvidos na questão, pela reforma tão desejada. Assim fizemos. Renovação da estrutura de madeira para o telhado e amarrio de todas as telhas, na tentativa de enfrentar as fortes correntes de ar na região. Melhoria de toda a estrutura de parede, renovando o reboco de mais de oitenta por cento de toda a estrutura de alvenaria, repintura da parte externa e interna da Capela. Colocação de todo um novo sistema de SPDA: Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica, cujo projeto foi feito por profissional qualificado e com larga experiência em para-raios, com colocação de um sistema de proteção que abarca toda a área da Capela, dado que o antigo não cumpria mais as funções para as quais fora colocado. Renovação de todo o entorno de passeio de acesso à igreja. Ainda que algumas pessoas na comunidade desejassem fazê-lo, por orientação do Arcebispo, durante histórica visita pastoral à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, sob cuja tutela e responsabilidade se encontra a Capela de Santa Efigênia, não mexemos no piso, uma vez que não encontramos mais ladrilho hidráulico, com tanta facilidade e o custo de novos ladrilhos, além de muito caro, não é mais um trabalho que se faz com frequência. O Arcebispo então orientou que se tentasse, como de fato fizemos, preservar o piso com ladrilho hidráulico, dado que se está tornando cada vez uma maior raridade. Assim fizemos. O projeto com orientações técnicas, a pedido da Curatela de Patrimônio da Comarca, foi elaborado pelo Dr. Heraldo Laranjo, da cidade de Oliveira. O mesmo arquiteto que elaborou todo o projeto de reforma da Matriz, já no longínquo ano de 2009. Numa pesquisa de prospecção feita por este profissional, chegou-se à conclusão e sugestão de recuperar as cores originais da Capela, como de fato está feito. Maldosa e dissimuladamente, num veículo de comunicação da cidade, pelo que soube, porque eu mesmo não ouvi, mas várias pessoas me procuraram, perguntando se eu iria me manifestar sobre a questão, foi insinuado que as cores da Capela poderia estar ligadas à preferência pelo Clube de Futebol, pelo qual sou fanático torcedor. Se num primeiro momento, isso tivesse me causado um certo mal-estar, porque jamais comprometeria minhas responsabilidades administrativas com gostos pessoais, fiquei muito tranquilo, e foi bom que isso tivesse acontecido, pois que no álbum de casamento da atual zeladora da Capela de Santa Efigênia, faz mais de trinta anos, a Capela tinha as mesmas cores que as atuais, razão pela qual a própria história desmente pessoas afoitas e intrigueiras, como tem sido hábito em Conselheiro Lafaiete nos últimos anos. Quaisquer comentários devem ser acompanhados de acurada investigação e constatação dos fatos, para não jogar lama na honra e na dignidade de qualquer pessoa. Fica, portanto, aqui uma palavra de reconhecimento e de agradecimento público ao Dr. Glauco Peregrino, Curador do Patrimônio Histórico e a centenas de pessoas que se mobilizaram, para que chegássemos a bom termo desta reforma. Ainda retornaremos, oportunamente, a essa questão.

Jogo de Cintura – 2018? Como será?

No meio de tanta violência, de modo especial aqui em Lafaiete, estamos começando o ano de 2018. Não sabemos aonde vamos chegar, se estamos indo a algum lugar. Final de ano de 2017 bastante assustador. Embora tivéssemos desencadeado uma campanha de orientação, conscientização e prevenção ao suicídio, tivemos várias ocorrências em nossa cidade e região. O setembro amarela, proposto pela Organização Mundial de Saúde e espalhado por todo o orbe não surtiu ainda os efeitos necessários e desejáveis, como era de se esperar. Estamos num mundo superficial e de futilidades. Perdemos paulatina e quase irreversivelmente nossos valores mais sagrados. Banalizamos o sagrado do da vida. O que mais me dói, enquanto formador de opinião e coordenador de uma comunidade paroquial é que muitas pessoas estão ou nos hospitais ou em suas casas lutando contra doenças muito graves e outras pessoas ou tirando sua própria vida ou se desgastando em situações de risco e de dificuldades. Nossos hospitais estão lotados de pessoas entre a vida e a morte. Não é justo nem dignitoso a gente se perder neste emaranhado de problemas, sem ter um norte justo e concreto para onde se dirigir. Vamos viver e aguardar deste ano de 2018 as melhores expectativas. Ano de Copa do Mundo e de Eleições. Não sei ainda para onde vamos. Nem precisaria saber. Certo é que uma nova chance está colocada sobre a nossa mesa. É pegar ou largar. Larguemos as coisas erradas e nos apeguemos às coisas certas. Vamos que vamos, porque a vida continua. Seja bem-vindo, 2018!

Jogo de cintura – Que venha 2018!

Chegamos a mais um momento de reavaliar algumas coisas em nossas vidas. Nem tudo saiu como gostaríamos. Nem sempre, tudo sai ao nosso gosto ou ao nosso jeito. Muitas dificuldades pelo Brasil afora. Enormes problemas na área da segurança pública, na área da saúde. Quanto à educação, inexplicavelmente conseguimos chegar bem perto do fundo do poço. Nós nos tornamos tecnoligizados. Extremamente conectados. E o contributo foi que tudo isso aumentou nossa solidão. Os valores cristãos e familiares ficaram relegados a um terceiro ou quarto plano. Não confiamos mais em nossas autoridades. Nossos governantes alijaram para longe sua própria reputação e seu espírito de serviço. O país está sem rumo e sem direção. Caminho aberto para o surgimento de Salvador da Pátria. Isso é muito perigoso. Não podemos, num gesto claro de desespero, jogar gasolina na fogueira. Nossos erros serão gravemente cobrados, quando se fizer necessário. 2018 será ano de copa do mundo e será ano de eleições. O que nos espera? Politicamente incorretos, com a grave ruptura política a que assistimos incólumes e insensíveis, rasgamos os princípios básicos e fundamentais do direito ao trabalho, à saúde. Hoje o barco está à deriva. Sem governo e com governantes assumindo definitivamente seu papel no picadeiro. Tornaram -se palhaços e nos fazem de palhaço, ao assistirem nossa indiferença política diante dos graves problemas vividos. Na copa do mundo, depois do vexame de 2014, ainda não dá para saber aonde vamos conseguir chegar. Para mim, se chegarmos às semi-finais, já estará de bom tamanho. Vamos ver o que vai acontecer. Para as eleições, todos os caminhos são possíveis, mesmo que exista por parte de alguns um certo clamor por nova intervenção militar. Isso seria uma tragédia. INOMINÁVEL! Vamos à garrafa de champanhe. Deixemos para trás as inhacas e desgraças do ano que vai findando. Se não deu para ser melhor e ter melhores coisas, paciência! Vamos comemorar pelo pouco que nos resta. Até ano que vem. Ele já está ali mesmo virando a curva do tempo. Grato!

Industrialização de Casamentos

A Igreja sempre teve pelo sacramento do matrimônio um grande carinho e um cuidado especial, não somente pelas implicações jurídico-canônicas, mas sobretudo pela excelência de seus atos e transcendência de sua finalidade. A tal ponto que o próprio Cristo o abençoa de maneira particular, tendo feito seu primeiro milagre nas famosas Bodas de Caná, depois de um pedido terno de sua mãe. Ao longo da história, o sacramento do matrimônio, depois da configuração de todos os sacramentos, a partir da Contra-Reforma, sempre gozou de particular desvelo e preocupação por parte da Igreja. Verdade é que, vítimas de uma sociedade cada vez mais sem parâmetros éticos e morais, muitas vezes nos deparamos com situações cada vez mais delicadas e constrangedoras, sobretudo nos últimos tempos, quando o assunto pautado é o casamento. Para além do oba-oba social que tem se tornado, com a terceirização dos chamados Cerimoniais, então caímos, em algumas situações muito concretas, numa espécie de samba do crioulo doido. Estão inventando e colocando determinados penduricalhos na celebração do matrimônio, que precisamos urgentemente tomar uma posição firme e decidida contra determinados exageros, retornando, quanto antes, ao conteúdo explícito do que envolve a verdadeira teologia sacramental do matrimônio. Se já não nos é permitido a nós padres e diáconos celebrar casamentos em sítios, restaurantes, pousadas e capelas particulares, sem uma especial licença do Ordinário local, no nosso caso, o Arcebispo, por outro lado os padres, sobretudo os párocos, em cujos ombros ficam as responsabilidades maiores por quaisquer decisões tomadas e assumidas nas paróquias, devemos ter a sensibilidade pastoral de apontar caminhos alternativos, para que os afastados possam se reintegrar mais rapidamente à experiência de vida sacramental, se algo mais grave os afastou, mesmo que temporariamente, da mesa da eucaristia. É preciso muita sensibilidade pastoral para levar consolo e conforto para quem está afastado da mesa da sagrada comunhão. Aqui em Lafaiete a questão não menos dolorosa, preocupante e angustiante, no que tange a determinadas celebrações de casamentos. Enfrentamos muitas dificuldades e temos que encarar muitos problemas, muitas vezes criados por pessoas que não entendem nada de Igreja e por outras que nem católicas e batizadas são, o que dificulta ainda mais a questão. Nos últimos anos os acréscimos indevidos de penduricalhos à cerimônia do casamento, sobretudo por parte de alguns cerimoniais inescrupulosos que agem de má fé, conturbando a celebração do sacramento. Tapete espelhado, plaquinhas horrorosas e de muito mal gosto, carrinhos de bebês, crianças/meninos vestidas de terninho, com bolsa 007, para carregar as alianças, sem falar no descalabro de perguntarem se o cachorrinho de estimação pode entrar carregando as alianças…. Convenhamos, não é mesmo? Um pouco de bom senso não faz mal a ninguém. Nada contra que você arrume uma cadeira bem bonitinha e coloque seu animal estimação lá na sua festa, como quiser. Fique à vontade! Para tanto os párocos estão com uma audiência marcada com o Arcebispo, para encontrarem o melhor caminho e a menor radicalização no que tange a casamentos aqui na cidade. Os custos de manutenção do templo estão muitos altos. O consumo de energia exagerado, cada vez mais aparelhos ligados nas tomadas e a Paróquia assumindo custos, sem o menor reembolso de despesas que ela não procura e só aumentam. Prefiro o caminho do diálogo, mas estamos partindo para uma tomada de posição, segundo a qual as coisas que se referem ao sacramento do matrimônio em nossas Igrejas sejam de responsabilidade das pessoas da Pastoral familiar ou de outros segmentos religiosos, pois do jeito que está, não podemos deixar que continuem. Vamos ver como vão ficar as questões que serão apresentadas ao Arcebispo em breve, para começarem a valer já no próximo ano. Grato!

Jogo de Cintura – SOS Rio Casca

Estamos na recorrência de fortes chuvas em toda a nossa região. O período é propício para isso. A temporada de chuvas, ainda que atrasada, começou! Normalmente os estragos são muitos, porque o trabalho de prevenção nem sempre é bem feito pelas autoridades, a quem compete esta obrigação. Boa parte de nossa população também ou não recebeu as informações corretas de como lidar com esta grave situação ou não tem a educação ambiental necessária e indispensável para estes contra-tempos. Certo é que ficamos à mercê das intempéries climáticas. Chuva, quando cai e cai para valer, causa enormes prejuízos. Deixando rastros de morte e de sofrimento em muitas famílias. Sempre tem sido assim. Até quando será? Nestas fortes chuvas de novembro, boa parte da Região Pastoral Mariana-Leste, que compreende várias cidades da Zona da Mata Mineira, como Ponte Nova, Urucânia, Santa Cruz do Escalvado, Santo Antônio do Grama, Rio Casca, São Pedro dos Ferros e Abre Campo, para citar algumas cidades somente, foram gravemente atingidas pelas enchentes, deixando um grande número de desabrigados e centenas de pessoas ilhadas. É preciso fazer alguma coisa para ajudar estes irmãos e irmãos, que sofrem este tormento de ver irem embora seus bens materiais e até alguns familiares. Deus nos ajude e nos inspire! A Paróquia Nossa Senhora da Conceição e a Rádio Queluz FM vão capitanear uma grande coleta de bens não perecíveis, para que sejam entregados nas Paróquias respectivas de Rio Casca e Santo Antônio do Grama, como fruto e gesto concreto de nosso Natal. Outrossim, haverá em todas as Paróquias da Arquidiocese de Mariana, nos dias 30 e 31 de dezembro, uma coleta em favor das vítimas dessas enchentes. Você deve poder e deveria participar conosco deste momento de expressiva solidariedade com estes irmãos. Venha nos ajudar a judar outras pessoas. Você não pode ficar de fora desta iniciativa. Por outro lado a Arquidiocese de Mariana abriu uma conta bancária, para arrecadar fundos para esta ajuda solidária. Aqui está o link: blob:https://web.whatsapp.com/302369e7-25cf-4511-9bbb-95cb57647b44, Banco 104, Caixa Econômica Federal, Ag. 1701, Op.: 003, C/c: 3262-8, Titular: Caritas SOS Mariana Leste, ou você pode pedir no escritório da sua Paróquia as informações, para que você mesmo faça sua doação e deposite em conta própria da Cáritas Arquidiocesana sua contribuição. Deus há nos abençoar e recompensar pela iniciativa. Que não precisemos um dia destas ajudas, mas se precisarmos, que haja alguém que olhe e ore por nós. Grato!

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