Anvisa: 28% dos alimentos industrializados têm sódio em excesso

Entre as categorias consideradas críticas estão muçarela e requeijão

Relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que 28% dos produtos industrializados monitorados por autoridades brasileiras em 2020 e 2021 não atingiram as metas estabelecidas para redução de sódio. De acordo com a Anvisa, as categorias classificadas como críticas são biscoito salgado, bolos prontos sem recheio, hambúrgueres, misturas para bolo aerado, mortadela conservada em refrigeração, pães de forma, queijo muçarela e requeijão.

O relatório cita, entretanto, “alentador progresso” observado em algumas categorias, como o caso de biscoitos doces tipo maria e maisena, indicando “uma tendência positiva”. “Ao ponderarmos sobre a oscilação nas amostras de batatas fritas e palhas industrializadas e a conformidade consistente dos cereais matinais, torna-se evidente que diferentes categorias demandam abordagens específicas”, pontuou a Anvisa.

Já a análise das categorias caldos em pó e em cubo, temperos em pasta, temperos para arroz e demais temperos, segundo o relatório, aponta dificuldades e avanços no monitoramento do teor de sódio em alimentos industrializados, com algumas categorias mantendo a conformidade e outras exigindo esforços adicionais.

“No cenário mais amplo, identificamos tanto progressos quanto desafios persistentes na redução do teor de sódio em alimentos industrializados. A análise abrangente do panorama brasileiro revela que o país enfrenta obstáculos significativos para atingir as metas regionais estabelecidas na diminuição do consumo de sódio, apresentando a menor adesão em comparação com outros países da América Latina e do Caribe.”

“Isso sublinha a urgência de reavaliar e aprimorar as estratégias atualmente em vigor. A colaboração contínua entre órgãos reguladores, a indústria alimentícia e a sociedade civil permanece fundamental para atingir as metas preestabelecidas e incentivar hábitos alimentares mais saudáveis”, destacou a agência.

O monitoramento se pautou na determinação do teor de sódio de amostras de produtos industrializados coletados em estabelecimentos comerciais e agrupadas conforme categorias pactuadas em acordos estabelecidos entre o Ministério da Saúde e o setor regulado.

A coleta e análise das amostras ocorreram de janeiro de 2020 a dezembro de 2021. Nesse processo, um fiscal da vigilância sanitária estadual foi responsável pela coleta em locais estratégicos, como mercados e estabelecimentos de venda de alimentos industrializados, seguindo um plano amostral nacional.

As amostras foram enviadas aos laboratórios centrais de Saúde Pública (Lacen) e ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), onde foram realizadas análises de sódio conforme metodologias oficiais, além da verificação da rotulagem.

Açúcar

A Anvisa divulgou ainda uma análise detalhada do monitoramento do teor de açúcares em alimentos industrializados no ano de 2021. Entre as 11 categorias avaliadas, constatou-se que 81,8% exibiram um teor médio de açúcares dentro dos limites definidos. As duas categorias que não atingiram as metas estabelecidas foram biscoitos doces sem recheio e biscoitos tipo wafers.

De acordo com o relatório, categorias como refrigerantes, néctares e refrescos estão em conformidade com os padrões estabelecidos, sugerindo uma tendência positiva no setor. Além disso, as categorias biscoitos maria e maisena e biscoitos recheados apresentaram 100% de conformidade com os limites estabelecidos para o teor de açúcares, destacando “uma aderência satisfatória por parte dos fabricantes”.

“No entanto, é crucial destacar que o segmento de biscoitos da indústria alimentícia ainda carece de melhorias significativas, uma vez que biscoitos sem recheio e do tipo wafer excederam os limites estabelecidos para teor de açúcares, indicando um menor nível de adesão às diretrizes regulatórias em comparação com outras categorias analisadas.”

“É fundamental reforçar a importância de políticas públicas eficazes voltadas para a redução do consumo de açúcares e a promoção de uma alimentação saudável. A implementação de estratégias educativas e de conscientização, aliada à regulamentação e fiscalização, desempenha um papel crucial na proteção da saúde da população e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis”, concluiu a Anvisa.

O monitoramento baseou-se na quantificação dos níveis de açúcares presentes em amostras de alimentos coletados em estabelecimentos comerciais e categorizados conforme acordo voluntário estabelecido entre o Ministério da Saúde e o setor regulado. Os resultados das análises foram documentados no Sistema de Gerenciamento de Amostras Laboratoriais.

A condução desse processo foi realizada de forma colaborativa pela Anvisa e vigilâncias sanitárias estaduais, municipais e do Distrito Federal. No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2021, foram conduzidas atividades de coleta e análise de amostras alimentares em conformidade com um plano amostral nacional preestabelecido. As amostras obtidas foram posteriormente encaminhadas aos laboratórios oficiais de saúde pública.

 

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Prefeitura realiza mutirão contra dengue no bairro Pires; 1378 imóveis foram vistoriados

A Prefeitura de Congonhas promoveu um grande mutirão de combate à Dengue, no bairro Pires. A iniciativa, denominada “Dia D contra a Dengue”, teve como objetivo intensificar as ações de prevenção e controle da doença.

Equipes de saúde, agentes de endemias, Defesa Civil e a equipe da Coleta Seletiva percorreram o bairro e realizaram atividades de conscientização, vistorias em imóveis e eliminação de focos do mosquito transmissor. No total, 1378 imóveis foram vistoriados.

Na ação foram recolhidos depósitos inservíveis de difícil descarte como garrafas, pneus, embalagens, baldes velhos e demais materiais que sirvam de depósito para água parada.
Na oportunidade, a população foi orientada a participar ativamente, mantendo seus quintais limpos e colaborando com as equipes durante as visitas domiciliares.


Por Letícia Tomaino / Fotos: SMS

EXPLOSÃO DA DENGUE! Secretária de Saúde atende vereadores e amplia atendimento 24 horas na ala 2 da policlínica

Ontem (14) os Vereadores de Lafaiete (MG) André Menezes, Giuseppe Laporte, João Paulo Pé Quente membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete e o vereador Pedrinho se reuniram com a Secretária Municipal de Saúde Janice Batista de Oliveira, Diretora de Atenção Especializada Diane Coura, Gerente da Vigilância Sanitária Diogo Dias Silva,  as servidoras Kátia Cristina Dias e Tatiane Rezende Tavares Lana sobre a situação dos atendimentos aos pacientes com suspeita de dengue e o locais de atendimentos.

A Comissão sabendo que são muitos casos de dengue e com isso o sistema de saúde público está com muita demanda, questionou ao Município a viabilidade de se abrir mais locais de atendimento para os pacientes serem atendidos e medicados, pois não se pode sobrecarregar a Policlínica Municipal que é porta de entrada para quase todos os atendimentos públicos de saúde em geral, logo torna-se imprescindível a melhora do atendimento para os pacientes que estão aguardando atendimento ou sendo atendidos.

Desta forma, a Comissão cobrou a contratação de profissionais para atender o aumento da demanda dos pacientes com sintomas de dengue, abertura de mais locais para os pacientes serem medicados e tomarem soro, que a ala 2 da Policlínica Municipal por 24 horas e em todos os dias, compra de macas e poltrona com Suporte de Soro.

A Secretaria disse que vai abrir a ala 2 da Policlínica Municipal por 24 horas e em todos os dias, serão abertos mais 2 locais (Sentinelas) de segunda a segunda com funcionamento de 07hrs às 19hrs, para os pacientes serem medicados e tomarem soro, bem como ainda serão contratados mais profissionais.

Onda de calor pode causar salto de mais de 20% na transmissão da dengue em MG

Minas registra um caso provável da doença a cada 12 segundos; tempo de incubação do vírus no mosquito é encurtado com alta temperatura

A onda de calor deve agravar o pior surto de dengue, zika e chikungunya vivido em Minas Gerais. Uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA), realizada no Brasil, calculou que, em um aumento de temperatura de 2ºC, as transmissões de arboviroses podem aumentar. O crescimento pode chegar a 20%.

Para se ter ideia, a previsão da onda de calor em Minas Gerais é de temperaturas até 5ºC acima da média até a sexta-feira (15 de março). Infectologistas escutados pela reportagem alertam para um possível aumento no número de mosquitos Aedes aegypti e de diagnósticos diários das doenças. No Estado, a cada 12 segundos, um novo caso suspeito de dengue é registrado.

De acordo com o epidemiologista Carlos Henrique Nery Costa, um ajuste biológico ocorre naturalmente no Aedes aegypti conforme as condições de temperatura. Ele explica que o mosquito fica mais ativo durante o calor. “O inseto não tem controle de temperatura, então, à medida que fica mais quente, a transmissão dos vírus fica mais acelerada”, alerta ele, que é doutor em Saúde Pública Tropical pela universidade de Harvard. O processo é o mesmo que causa alta dos casos de arboviroses durante o verão, mas, dessa vez, intensificado pela temperatura ainda mais elevada pela onda de calor.

Na pesquisa da Universidade de Michigan, por exemplo, a cidade de Recife foi usada como base de estudo, e o número de novos casos após a primeira pessoa infectada por dengue saltou de quatro para seis em um aumento de temperatura de 2ºC. Nery Costa reforça que, quanto mais quente, o tempo de incubação do vírus no mosquito fica menor, isto é, ele passa a transmitir dengue, zika ou chikungunya mais rápido.

“Naturalmente, leva alguns dias para que o inseto passe a transmitir as doenças desde o primeiro contato com os vírus. Isso é o que chamamos de tempo de incubação. Mas, com as altas temperaturas, o vírus chega mais rápido às partes bucais do inseto. Então, à medida que a temperatura sobe, aumenta a proliferação da dengue”, analisa Nery Costa.

De fato, de acordo com o infectologista em medicina tropical Julio Croda, o ciclo de transmissão das arboviroses pode cair de até 10 dias para 6 a 7 dias por causa do aumento da temperatura. A maior preocupação, segundo o médico, é a multiplicação do vetor. Ele explica que os mosquitos se reproduzem mais rápido durante o calor. “O mosquito da dengue é muito eficaz em se proliferar e transmitir as arboviroses. Com a alta temperatura, o ciclo reprodutivo fica mais rápido. Mais calor, mais mosquito no ambiente. A frequência do vetor vai aumentar”, diz.

Clima e ambientes ideais para a proliferação do mosquito 

É o que também alerta Mário Giusta, professor de Biomedicina da Una Contagem. Ele chama de “tempestade perfeita” a ocorrência da onda de calor em meio à maior epidemia de dengue do Estado. “A onda de calor, consequentemente, gera aumento das chuvas. Seja imediatamente ou após o fenômeno. Isso é ideal para a intensificação do vetor da dengue. A eclosão dos ovos do inseto funciona muito bem nesse clima. Preocupa bastante o aumento de população do vetor, que vai ter consequência na alta de casos”, alerta.

Segundo o especialista, outro desafio em meio à onda de calor é a dificuldade do controle dos mosquitos no ambiente urbano. “Dentro dos centros urbanos, nós não temos um controle ecológico do Aedes aegypti, não há limitação para o aumento reprodutivo do mosquito. Então, isso intensifica ainda mais o problema. É perfeito para o mosquito: está quente, chove e não há controle ecológico”, continua.

Contra a explosão de casos, previna-se dos focos do mosquito

Para evitar grandes saltos na proliferação das arboviroses, Mário Gusta aconselha medidas de prevenção contra os focos do Aedes aegypti e proteção pessoal, como uso de repelentes. “O jeito, agora, é tentar evitar a presença do inseto. Então, o ideal é tomar muito cuidado essa semana, reforçar o uso de repelentes e cuidar do ambiente em que estamos, evitando focos de água parada e entulhos, como é amplamente divulgado”.

O que diz a PBH? 

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que as ações de combate ao Aedes aegypti são realizadas durante todo o ano, em todas as regiões do município, independentemente da temperatura. “Cabe ressaltar que para o ciclo completo do mosquito é necessário água. Por isso, a principal forma de combater o mosquito é eliminar objetos que possam acumular água, interrompendo assim o  ciclo de vida”, acrescentou.

A reportagem também questionou o Estado de Minas sobre ações contra os focos da dengue durante a onda de calor e aguarda retorno.

Cuidados contra focos do mosquito: 

 

  • Eliminar água armazenada em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção é a melhor forma de evitar a proliferação do Aedes aegypti;
  • Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d’água, poços, cacimbas, tambores de água ou toneis, cisternas, jarras e filtros;
  • Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho;
  • Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas;
  • Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo;
  • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto;
  • Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechada. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana;
  • Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão;
  • Sempre que for trocar o garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada;
  • Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d’água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos;
  • Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana;
  • Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água;
  • Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos;
  • Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas.
  • Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças;
  • Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em residência ou estabelecimento comercial.

 

FONTE O TEMPO

Casos de Covid crescem quase 200% em Minas Gerais de janeiro para fevereiro

Os casos de Covid cresceram quase 200%, em apenas um mês, em Minas Gerais. Em janeiro, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde foram 9.269 casos, em 31 dias. Já em fevereiro, durante os 29 dias do mês, são 26.999 casos confirmados da doença.

A cidade que mais tem casos de Covid, segundo os números da Secretaria Estadual de Saúde, é Belo Horizonte. Na capital, só em fevereiro foram 5.261 novos casos registrados. Ou seja, mais de 180 novos casos contabilizados por dia.

Em seguida, aparecem outras cidades como Divinópolis, na região Centro-Oeste e Uberaba, no Triângulo Mineiro. Nas duas cidades, em apenas um mês foram mais de três mil novos casos da doença.

Em Uberaba, a prefeitura elaborou novas estratégias para realizar testes e também fazer o atendimento de pacientes com sintomas da doença, como explica secretária de Saúde de Uberaba, Valdilene Rocha.

“Secretaria de Saúde de Uberaba continua com as ações de prevenção contra covid. Diante do aumento significativo em 2024 a nossa equipe de atenção básica foi reforçada, com todos os insumos necessários pra que nós possamos continuar enfrentando essa doença. Temos um espaço de covid, que é a nossa central de atendimento de triagem de enfermagem, testagem e se necessário o atendimento médico. Reforçamos também através da central de vacina e atenção básica e o reforço com a bivalente”, comenta.

 

Dificuldade na testagem

No momento em que a dengue é uma das doenças mais diagnosticadas nas unidades de saúde, quem pega Covid tem dificuldades na testagem.

Somente em fevereiro, por dia, ao menos duas mortes por Covid foram registradas em Minas Gerais. No período, segundo os dados do estado, foram 80 óbitos confirmados.

O professor e infectologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Unaí Tupinambás, diz que o dado é preocupante e reforça os baixos índices de vacinação.

“O que nos preocupa muito são os dados de mortalidade por covid no Brasil. Só esse ano foram mais de 1.300 mortes só pela doença. Lembrando que a covid tem uma vacina eficaz contra as ações moderadas e graves. E a baixa cobertura também é muito preocupante, principalmente na população pediátrica, os adolescentes. Sobre os casos, infelizmente esse número tende a aumentar agora que vai chegar na época do outono, então o apelo que nós fazemos é para as pessoas tomarem a vacina”, orienta.

Até o momento, levando em consideração os três meses de 2024, Minas Gerais tem 45.481 casos confirmados de Covid. No mesmo período, o estado contabilizou 165 mortes.

A cidade que mais registrou mortes foi Uberlândia, no Triangulo Mineiro. Somente na cidade, em um mês, 19 pessoas morreram de Covid. Em seguida, aparecem Belo Horizonte, com 15 óbitos.

Com relação às mortes, em janeiro foram 37 óbitos por Covid, enquanto em fevereiro o número dobrou, chegando a 80 no mês de fevereiro. A Secretaria de Saúde alertou que o cenário pode piorar com a chegada do outono.

FONTE CBN SAÚDE

Minas Gerais tem 1 novo caso de dengue a cada 12 segundos

Com equivalência a cerca de cinco registros por minuto no ano de 2024 e 1 novo caso da doença a cada 12 segundos, o estado de Minas Gerais vive sua maior epidemia de dengue da história. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em 71 dias, há um montante de 514.830 possíveis casos de dengue, ou seja, mais de 7.200 casos por dia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira durante uma coletiva de imprensa.

Numa tentativa de conter o crescimento da arbovirose, o governo anunciou estratégias de vacinação, com um novo Dia D marcado para o próximo dia 23.

— Ainda estamos na fase dos dados chegarem, mas certamente já batemos 2016 falando de um ano inteiro —, disse Baccheretti. A referência de oito anos atrás é feita pelo período ter sido considerado o pior ano epidêmico até o presente momento, com cerca de 520 mil casos.

Dengue: casos crescem 315% em relação a 2023, mostra novo boletim do Ministério da Saúde. — Foto: Informe Semanal do Ministério da Saúde de 20/02/2024.

Atualmente, Minas Gerais tem 185.690 casos de dengue confirmados, com 66 mortes pela doença e 308 sob investigação. De acordo com informações oficiais, o pico da arbovirose no Estado ocorreu entre fevereiro e março, no entanto, os serviços de atendimento ainda devem sofrer com alta procura.

Na última sexta-feira, começou a vacinação contra a dengue para o público de 12 a 14 anos, em Belo Horizonte. O grupo para ser imunizado é formado por cerca de 120 mil pessoas.

Em meio ao recorde de casos de dengue na capital mineira e a grande procura por atendimento médico, apenas um terço das crianças de 10 e 11 anos tomaram a vacina contra a doença na capital. Cerca de uma semana após o início da vacinação, apenas 15 mil doses foram aplicadas no público alvo, segundo o município.

FONTE O GLOBO

MAB e comunidades vão denunciar empresas causadoras de doenças no Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

Na manhã deste 9 de março (sábado), aconteceu o quarto encontro do MAB na região do Alto Paraopeba, em Murtinho, Congonhas. O bairro sofre com doenças provocadas pela poeira da mineração e com o intenso fluxo de caminhões das mineradoras na 040. Já existe no bairro um terminal de carregamento de minério da empresa SCOF e a Avante está implantando outro enorme sem diálogo com os moradores.

Quatro expositores ajudaram nos debates. Rafael Duda, diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes,
denunciou o aumento da exploração, dizendo que cada operário paga seu salário nos primeiros 40 minutos de jornada de 8 horas; que vem ocorrendo achatamento da massa salarial desde 2015, com perda de 111 milhões na arrecadação Municipal. Lu Machado, psicóloga presidenta do Conselho Estadual de Saúde do Estado de MG, defendeu a Saúde enquanto direito humano e revelou que 50 por cento dos acidentes na 040 envolvem carretas das mineradoras. Mário Rodrigues, advogado militante do MAB, desmontou o mito da privatização, boa para a classe dominante e ruim para o povo. Ele lembrou que a Vale é exemplo do quanto a privatização é desastrosa, soterrando 272 pessoas no rejeito de minério. Mário disse também que a PNAB é uma importante conquista e que sua implementação vai exigir muita luta. Fátima Sabará, assistente social militante do MAB, disse que o MAB trabalha a organização do povo porque acredita na pressão popular.

Mais de uma dezena de pessoas fez uso da palavra na ‘fila do povo’. Carlos Roberto, morador de Murtinho e líder comunitário, defendeu a importância do encontro para formalização de pauta de luta. Márcia Menezes, professora, realçou a necessidade da união para enfrentar os desafios. Entre os encaminhamentos, denúncia das questões relacionadas à saúde no Conselho Estadual de Saúde e continuidade do trabalho da base nos bairros, com próximo encontro no mês de maio, em Lobo Leite.

O quarto Encontro do MAB na região do Alto Paraopeba faz parte da jornada de luta do “14 de março”, Dia Internacional de Luta em defesa dos rios, contra as barragens, pela água e pela vida.

Quase 10 mil pessoas morreram por ondas de calor no RJ entre 2000 e 2018

Os dados são de estudo realizado pela UFRJ em parceria com a Universidade de Lisboa.

Pesquisa divulgada na última edição da revista científica PLOS ONE apresenta dados alarmantes. Afinal, o estudo mostra que 9,641 pessoas morreram por ondas de calor na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ao todo, foram contabilizadas 48,075 óbitos em todo o país. A cidade do Rio foi a segunda a registrar o maior número de vítimas, atrás apenas de São Paulo (14,850).

A pesquisa foi conduzida por profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa. O estudo considerou dados referentes as 14 regiões metropolitanas mais populosas do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, os territórios reúnem aproximadamente 35% da população nacional.

Os pesquisadores coletaram os registros de eventos de calor extremo a partir da aplicação do Fator de Excesso de Calor (FEC). Em seguida, utilizaram o banco de dados do DATASUS para calcular o número de óbitos relacionados as altas temperaturas.

A partir do recorte temporal proposto, os dados indicam que das quase 48 mil mortes oriundas do calor extremo, as principais causas incluem doenças circulatórias e problemas respiratórios, agravados diante das temperaturas exacerbadas. Outrossim, essa correlação também mostra que a população acima dos 65 anos de idade concentra o número de vítimas das ondas de calor extremo. Na capital fluminense, os idosos representaram 59,9% do total de óbitos. Dentre todas as regiões metropolitanas observadas, os idosos representaram o maior percentual de vítimas por excesso de calor no Rio.

No que se refere as causas das mortes agravadas pelo calor extremo, a cidade do Rio de Janeiro também apresentou índice elevado para aquelas resultantes de doenças de pele (1,62). A pesquisa considerou este índice a partir de um cálculo estipulando o número de óbitos esperados para as ondas de calor que ocorreram no período, o tempo de duração delas, e o número real de mortes resultantes do calor extremo. Por exemplo, considerando uma onda de calor que se estimavam possíveis 10 vítimas, e, na verdade, foram registrados 5 óbitos, o índice seria de 0,5. No caso das doenças de pele, a estimativa previa 97,5 vítimas, e foram registradas 158 mortes.

O estudo possui um caráter inovador entre este tipo de relatório, tendo em vista que foi o primeiro a considerar fatores socioeconômicos com as incidências de vítimas das intensas ondas de calor. Dentre os idosos, os dados sugerem que houve uma maior incidência de óbitos entre aqueles autodeclarados pretos ou pardos, e entre os de menor grau de escolaridade.

Em nenhuma das regiões analisadas, o aumento na mortalidade de pessoas autodeclaradas brancas supera o de pessoas pretas e pardas.

“As mudanças climáticas têm forçado o movimento de pensar o calor para além das dinâmicas de lazer e proveito. É preciso pensar no calor também como um problema público, que deve ser enfrentado por meio de políticas públicas, intersetoriais, envolvendo as mais diferentes áreas como a saúde e o meio ambiente”, aponta Philippe Guedon, diretor de pesquisa no Instituto Rio21.

Enquanto cidades vivem epidemia da dengue, Congonhas colhe resultados alentadores da ousadia na implantação de tecnologia de ponta

Enquanto cidades vivem o colapso na saúde e escalada de contaminação de mortes, Congonhas (MG) presencia uma situação inversa com a implantação de uma tecnologia inovadora. A cidade foi a 1ª no Brasil a adotar o mosquito batizado de “aedes aegypti do bem” e está conseguindo bons resultados contra a dengue com um aliado improvável. Segundo o Prefeito Cláudio Dinho (MDB) foram registrados 200 casos em 2024 contra mais de 3 mil no ano passado.

Os moradores estão cheios de esperança com a tecnologia: “Eu tenho certeza que é para o nosso bem, para nossa saúde, de toda a população”, diz a vigilante Jordana dos Santos.

São mais de 4,5 mil caixas, distribuídas estrategicamente por toda cidade de Congonhas. Dentro de cada uma delas são inseridos cerca de 7 mil ovos do mosquito macho do aedes aegypti geneticamente modificados.

Os pesquisadores inserem nos embriões um gene que produz a proteína chamada tTAV. Os machos geneticamente modificados são espalhados no ambiente, eles cruzam com as fêmeas que vão botar ovos. Por causa da alteração genética, somente os machos sobrevivem e herdam a mutação genética do pai. Com isso, a expectativa é que o número de fêmeas caia drasticamente com o tempo. São elas as responsáveis pela transmissão do vírus da dengue, zika e chikungunya, que também tendem a diminuir

Uma empresa inglesa desenvolveu a tecnologia, que teve aprovação da CTNBio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança -, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O coordenador da CTNBio, Leandro Astarita, afirma que todas as etapas estão sendo monitoradas: ” A gente pode afirmar que para população é extremamente seguro. Questões ambientais, a gente não observa nenhum problema, exceto a redução da população do aedes aegypt, que é o grande problema dessa transmissão da dengue”.

A prefeitura de Congonhas espera espalhar mais de 60 milhões do “mosquito do bem” pela cidade durante um ano.

“O ano passado, que a gente teve um surto epidêmico, o pico, ele foi em março. Nós tivemos por volta de quase 800 casos em março. Este ano, que a gente tem o pico no estado inteiro, nós estamos com cerca de 90 casos. Então a gente já vê refletido uma diferença muito grande para nós”, afirma a enfermeira Luciana de Fátima Gonçalves Aguiar, coordenação da vigilância epidemiológica de Congonhas.

Indaiatuba, no interior de São Paulo, já usa a tecnologia desde 2017. A prefeitura afirma que houve redução de 95% no número de mosquitos nos dez bairros onde a tecnologia foi usada e os casos de dengue também diminuíram.

Em Congonhas, a confiança é grande, mas a prefeitura alerta que o mosquito geneticamente modificado faz parte de uma ação complementar. A população precisa colaborar, como faz a dona de casa Gláucia Ribeiro de Carvalho.

“Continuar cuidando, deixando os netinhos brincar na água e depois todo mundo virar a sua vasilhinha para não deixar resíduo”, diz ela.

 

“Se salvar uma vida, já valeu a pena”, salientou Prefeito Cláudio Dinho

O Prefeito Cláudio Dinho participou na manhã desta sexta-feira (8), da reunião mensal do Consórcio Público de Desenvolvimento do Alto Paraopeba (Codap), em Lafaiete (MG), quando explanou sobre os resultados da tecnologia  “aedes aegypti do bem” impulsionando sua adoção em outros municípios.

Após a queda vertiginosa da dengue em Congonhas, o gestor citou que paralelo a tecnologia a população tem de fazer sua parte na prevenção.

Ele criticou o uso do fumacê nas cidades. “É cancerígeno, faz mal a saúde, ao meio ambiente, mata pássaros e não é eficaz”, salientou.

Ele disse que foi muito criticado pelo alto custo quando adotou “aedes aegypti do bem”, taxado como “mosquito milionário”. “Hoje me sinto feliz pela audácia e os resultados estão aí para serem comprovados. Fui muito criticado, não me importo. Se preservou uma vida já valeu a pena a adoção da tecnologia”, disse. “A vida não tem preço”, finalizou em meio a diversos prefeitos da região.

 

Por que a dipirona é aceita no Brasil e vetada nos EUA? Descubra

Normas sobre insumos médicos são diferentes nos dois países. Entenda!

No Brasil, existem alguns remédios que se tornaram muito conhecidos da população em geral, e isso se deve ao seu uso generalizado para tratar diversas moléstias. A dipirona é um exemplo perfeito disto, sendo um composto muito procurado para aliviar febres e dores de cabeça.

Mas, o que muitos não sabem é que em alguns países a substância é simplesmente proibida, como acontece hoje nos EUA e em certas nações europeias. Porém, quais seriam as razões para sustentar esse tipo de decisão?

Motivos da proibição do remédio em território norte-americano

A proibição motivou-se devido à possibilidade de um grave efeito colateral denominado como agranulocitose, uma alteração sanguínea bastante séria. Segundo alguns médicos, esse quadro é marcado pela queda na quantidade de algumas células defensivas.

Até os anos de 1960 e 1970, o remédio era disponibilizado em grande parte do mundo conhecido sem qualquer tipo de restrição. No entanto, isso mudaria por conta da publicação de uma interessante pesquisa em 1964.

O texto revelou que uma a cada 127 pessoas que consumiam aminopirina sofriam com a agranulocitose. Esse insumo possui uma composição extremamente semelhante à da dipirona, e isso foi suficiente para que os autores afirmassem que as informações também se aplicavam a ela.

Portanto, tendo essa e outras evidências como apoio, a agência reguladora de medicamentos nos EUA (FDA) achou por bem proibir a venda do medicamento no país em 1977. Pouco tempo depois, o Japão, Austrália, Reino Unido e partes da União Europeia seguiriam pelo mesmo caminho.

Nos anos de 1980, apareceram dados que afirmavam que a substância era segura. Conforme o Estudo Boston, conduzido em oito localidades e contando com mais de 22 milhões de voluntários, a ocorrência do referido quadro grave em usuários de dipirona era muito baixa (1,1 caso para cada 1 milhão de indivíduos).

Aqui no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conduziu um evento falando sobre a segurança do item em 2001 e no encontro a sua eficácia foi concluída, além de se afirmar que os riscos eram extremamente pequenos.

FONTE: CAPITALIST

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